A sessão da Câmara de Vereadores de Dourados, marcada para quinta-feira que vem (9 de setembro) em função do feriado de 7 de setembro, deverá ser das mais movimentadas dos últimos tempos. Os representantes dos movimentos populares estão organizando manifestação que deverá culminar com a ida até a Câmara para protocolar o pedido de impeachment contra todos os acusados pelo Ministério Público Estadual e que foram presos na quarta-feira (1 de setembro) pela Polícia Federal.
O prefeito Ari Artuzi, o vice Carlinhos Cantor e os nove vereadores presos durante a operação “Uragano”(furacão, em italiano) são acusados de integrarem uma quadrilha que fraudava licitações para obter vantagens em forma de propina que, segundo o delegado Braulio Galloni, da Polícia Federal, variavam de 10 a 50%.
Um dos representantes do movimento popular, o bioquímico Racib Panage, disse ao Douranews que a sociedade douradense não agüenta mais essa situação. “E preciso dar um basta na corrupção que tomou conta de Dourados”, afirmou ele.
A Câmara de Dourados ficou reduzida a quatro vereadores após a prisão de 28 pessoas. Permanecem nos cargos Délia Razuk, do PMDB, Idenor Machado e Gino Ferreira, do DEM e Dirceu Longhi, do PT. Idenor é suplente do vereador Paulo Henrique Bambu, que se licenciou do cargo por dois meses para escapar da prisão, mas acabou se juntando aos demais na penitenciária “Harry Amorim Costa”.
Estão presos, ainda, além de Bambu, os vereadores Sidlei Alves, Zezinho da Farmácia, Humberto Teixeira Junior, Aurélio Bonatto, José Carlos Cimatti, Marcelo Barro, Edvaldo Moreira e Tio Julio Artuzi.