A Ordem dos Advogados do Brasil vai acionar, por meio da Comissão de Direitos Humanos da 4ª. Subseção em Dourados, os responsáveis pelo condomínio do shopping Avenida Center para obter explicações sobre agressões praticadas por seguranças de empresa privada que atende no espaço comercial, ocorridas no domingo (4), mas só reveladas a partir de imagens que mostram adolescentes em confronto com os agentes de segurança.
Durante a discussão, um dos seguranças agride um dos meninos com tapa no rosto, ele é jogado ao chão e imobilizado, enquanto os colegas se envolvem em agressões com outro homem da vigilância do shopping. Antes disso, ocorre um princípio de discussão oral entre o grupo.
De acordo com o presidente da OAB de Dourados, Alexandre Mantovani, o fato foi lamentável. “Muito triste, vou entrar em contato com a direção do shopping e passar esse caso pra nossa Comissão de Direitos Humanos”. É possível ouvir um dos adolescentes perguntar a um dos seguranças: "Eui tô roubando alguma coisa, aqui?" e o outro "Eu tô no meu direito!". Enquanto duram as agressões, um terceiro repete: "Tô gravando, tô gravando..."
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Reação
O pai de uma das vítimas contou ao blog ‘A Onça’ que os meninos com idades entre 15 e 17 anos tinham ido ao shopping para comemorar o aniversário de um deles. “Foi aniversário do meu filho. Fiz um churrasquinho pra ele e depois ele pediu para ir no shopping. Segundo o que eles me contaram, todos estavam normalmente no local. Eles são amigos de infância. O problema começou quando os seguranças começaram a segui-los e um deles perguntou porque o segurança estava seguindo e começou o bate-boca”, justificou o pai.
Sobre a alegação de que os adolescentes estariam sem máscara, o homem ouvido pelo blog garantiu que isso não é verdade. “Eles estavam de máscara, dava para ver nas mãos e um deles estaria comendo alguma coisa, como vários outros jovens estavam fazendo ali dentro”.
A assessoria de imprensa do shopping Avenida limitou-se a distribuir comunicado curto, diante da solicitação do DOURANEWS sobre o ocorrido, onde afirma que foi apresentado um relato “para as autoridades competentes”, junto com imagens do CFMC (Circuito Fechado de Monitoramento de Câmeras) do local.
Perturbação
De acordo com a assessoria, o que houve no recinto do estabelecimento foi um ato de “Perturbação; Descumprimento do Decreto Municipal; e Ameaças a integridade física dos seguranças”.