Os trabalhadores da ECT deliberaram na assembléia realizada na noite desta segunda-feira, 24/09, na sede do sindicato em Campo Grande, pela adesão à greve nacional da categoria que acontece desde o dia 19. Apesar do secretário-geral do sindicato, Alexandre Takachi, ter orientado contra a greve e não permitir que os favoráveis ao movimento falassem, na votação a maioria absoluta aprovou a greve. Apenas os diretores do sindicato se abstiveram de votar.
Segundo Ederlon Correia, da Central Sindical e Popular Conlutas, os trabalhadores de MS só não aderiram antes à greve pelo fato do sindicato não ter convocado assembléia. “O sindicato de MS está isolado em nível nacional. Não queriam realizar assembléia e somente o fizeram após muita pressão. A vontade da base foi unânime e os trabalhadores passaram por cima da direção do sindicato apesar de todas as manobras antidemocráticas, como a de não permitir que trabalhadores favoráveis ao movimento falassem. Foi uma manobra tão ridícula quanto inútil. Na hora da votação os trabalhadores presentes votaram pela greve. Apenas os diretores do sindicato ficaram contra.”
Para Ederlon, o movimento está crescendo em nível nacional e deve crescer também em MS. “Agora, com a votação da assembléia, esperamos a adesão daqueles setores que ainda estão trabalhando, até por conta da desinformação e falta de mobilização do sindicato. Esperamos também a extensão da greve ao interior”.
Neste momento os trabalhadores realizam o trabalho de esclarecimento daqueles que não compareceram à assembléia para adesão ao movimento. A maior concentração acontece em frente ao Centro Operacional, na rua Barão do Rio Branco.
Os trabalhadores dos Correios querem reajuste salarial acima da inflação para repor perdas passadas, bem como a revisão do plano da empresa que quer impor mudanças no Plano de Saúde e que deve afetar negativamente os trabalhadores e seus dependentes. (Assessoria)