A assessoria de imprensa da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) informou ontem (19) que problemas na aprovação e alterações do projeto arquitetônico emperraram o início efetivo das obras de execução do projeto do IMC (Instituto da Mulher e da Criança). A direção do HU (Hospital Universitário) confirmou que parte dos recursos já foi sido disponibilizado à universidade, mas o projeto inicial para construção do IMC foi desenvolvido às pressas no final de 2010, após a confirmação da disponibilização dos recursos pelo governo federal, através de emenda parlamentar do deputado federal Geraldo Resende.
A elaboração do projeto e o processo de licitação ocorreram em menos de 90 dias, caso contrário a universidade perderia os recursos, relatou a assessoria. Como não foi elaborado em tempo hábil, o projeto original não incluiu avaliação da Vigilância Sanitária Municipal, o que foi feito no ano seguinte.
Durante nove meses, o projeto passou por alterações do órgão municipal, sendo submetido depois a avaliação por parte do Ministério da Saúde, onde permaneceu por mais sete meses passando por mais uma série de alterações.
Diante deste quadro de alterações, o orçamento da obra passou de R$ 16 milhões para R$ 19 milhões aproximadamente, “o que inviabiliza a execução do projeto por este processo de licitação”, revelou a UFGD, confirmando também que a direção do HU decidiu anular a licitação anterior.
De acordo com a assessoria, um novo processo de licitação, já dentro dos valores atualizados, só está dependendo da entrega de projetos complementares da obra, que estão em fase de finalização pela empresa contratada inicialmente.
A obra do IMC será construída com recursos de emenda federal, mais contrapartida da UFGD. A emenda parlamentar é da ordem de R$ 12,9 milhões, sendo que o restante será viabilizado pela universidade. Construído ao lado do Hospital Universitário, o IMC será o mais importante estabelecimento de saúde destinado ao atendimento às mulheres e às crianças da região de Dourados. No total, serão 204 leitos destinados aos serviços de ginecologia, obstetrícia, pediatria e neonatologia.