A companhia de bebidas Ambev teve lucro líquido de cerca de R$ 4,834 bilhões no quarto trimestre de 2016, uma alta de 13,5% em relação ao mesmo período de 2015. No ano, porém, o lucro cresceu 1,6%, ao passar de R$ 12,87 bilhões para R$ 13,08 bilhões.
Em termos ajustados, no entanto, o resultado líquido da empresa encolheu 15,9% na comparação anual, para R$ 3,656 bilhões.
O grupo, que integra a maior cervejaria do mundo AB InBev, ainda apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 6,015 bilhões de outubro a dezembro, uma queda de 25% ante o último trimestre de 2015.
A receita líquida da Ambev recuou 13,9% na mesma base, para R$ 13,18 bilhões. No acumulado de 2016, houve queda de 2,4%, para R$ 45,603 bilhões.
"2016 provou ser um dos anos mais desafiadores de nossa história", informou a empresa no material de divulgação do balanço. De acordo com o documento, o sólido crescimento das operações internacionais foi compensado pelo desempenho fraco no Brasil e na Argentina, onde o "cenário macroeconômico desafiador continuou a pressionar os consumidores".
No Brasil, a receita líquida da Ambev cedeu 9,7% no quarto trimestre, para R$ 7,642 bilhões, enquanto o Ebitda ajustado despencou 30,8%, para R$ 3,598 bilhões. A margem Ebitda ajustada passou para 47,1%, de 61,4% no último trimestre de 2015.
Em 2016, as operações brasileiras geraram receita líquida de R$ 24,955 bilhões e Ebitda ajustado de R$ 11,321 bilhões, cifras 5,2% e 19,7%, respectivamente, menores ante 2015.
Para 2017, a Ambev se diz "cautelosamente otimista" com a indústria de cerveja brasileira, especialmente na segunda metade do ano. A empresa espera que o custo de produto vendido cresça dois dígitos no primeiro semestre e se estabilize no decorrer do segundo.