Menu
Buscarterça, 17 de setembro de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
20°C
cmd setembro
Economia

Boa fase da economia melhora perspectivas dos jovens brasileiros

22 outubro 2012 - 12h00Por Redação Douranews

Enquanto muitos jovens nos países desenvolvidos abalados pela crise econômica mundial enfrentam dificuldades no mercado de trabalho, as perspectivas dos jovens brasileiros melhoraram nos últimos anos. Especialistas apontam as boas condições econômicas do país como um dos motivos. De acordo com os últimos dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgados em maio do ano passado, a quantidade de jovens empregados cresceu no Brasil nos últimos cinco anos, ao contrário do que ocorreu em boa parte do mundo. A taxa brasileira de desemprego juvenil caiu de 21,8% para 15,2% entre 2007 e 2011. Na América Latina e no Caribe, o índice está em torno de 14,3% e, na União Europeia (UE), deve chegar a 18% neste ano, estima a OIT.

Para a economista Priscilla Flori, da Universidade de São Paulo (USP), o fenômeno pode ser explicado pelo aquecimento da economia, que, por sua vez, determinou um aquecimento do mercado de trabalho brasileiro. "A renda do trabalhador aumentou, o que permitiu que a família brasileira passasse a consumir mais. Isso influenciou sobretudo o comércio, que depende de mão de obra abundante. E esse setor é muito favorável aos jovens, uma vez que não demanda tanta experiência", considera. Quando Flori defendeu a tese Desemprego entre jovens: um estudo sobre a dinâmica do mercado de trabalho juvenil brasileiro, em 2003, aproximadamente 24% dos jovens brasileiros estavam desempregados, ou seja, cerca de 10% a mais do que quase uma década mais tarde.

Alguns especialistas apontam a queda do desemprego juvenil como um fenômeno essencialmente demográfico, pois a população de 18 a 24 anos está encolhendo no Brasil, passando de 23,9 milhões em 2005 para 22,7 milhões em 2009. Flori, porém, aponta tal fenômeno como apenas um dos fatores que explicam a diminuição do índice. O crescimento econômico seria a principal causa. "O Brasil é um dos únicos países que ainda impulsiona o crescimento global e, por isso, a situação do mercado de trabalho é melhor", concorda o economista Dennis Görlich, do Instituto de Economia Mundial de Kiel, na Alemanha.