A demanda das empresas por crédito cresceu 5,3% em fevereiro na comparação com o mês anterior, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira pela Serasa Experian. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 10,2%.
Segundo a Serasa, o feriado de Carnaval --que ocorreu no mês de março neste ano-- "impactou positivamente a procura das empresas por crédito em fevereiro, fazendo com que este mês, em 2011, apresentasse uma quantidade de dias úteis a mais do que normalmente se registra".
A previsão é de que este efeito será revertido em março "que, além de uma quantidade de dias úteis abaixo do padrão histórico, contará ainda com os efeitos restritivos do atual ciclo de aumento dos juros", diz em comunicado.
TAMANHO
As micro e pequenas empresas aumentaram a demanda em 5,5% no mês passado ante janeiro, já entre as médias o avançou ficou em 0,5% e nas grandes em 0,2%.
Na comparação com o fevereiro de 2010, somente as micro e pequenas empresas apresentaram variação positiva na sua procura por crédito (alta de 11%). Já nas médias houve queda de 1,4% e nas grandes empresas houve recuo de 1,2%.
REGIÃO
Apenas na região Norte houve queda na demanda por crédito (-1,1%). A maior alta ocorreu no Sudeste (7,5%) seguida pelo Centro-Oeste (5,6%).
Na comparação anual, o maior crescimento da demanda das empresas por crédito também foi registrado nas regiões Centro-Oeste (11,8%) e Sudeste (10,9%), seguidas pelas regiões Sul (9,9%) e Nordeste (9,7%). Na Norte, a alta foi de 3,3%.
SETOR
O comércio liderou a expansão da demanda, crescendo 5,8% ante janeiro. Já as empresas do setor de serviços tiveram alta de 5,2%. Por último, o avanço nas empresas industriais ficou em 3,4%.
No acumulado do primeiro bimestre de 2011, as empresas de serviços e de comércio (com altas de 8,7% e de 3,9%) continuam à frente das empresas industriais em termos de avanço de suas demandas por crédito, a exemplo do que ocorreu ao longo de todo o ano de 2010.
"Isto sinaliza que as empresa industriais ainda continuam enfrentando certas dificuldades oriundas dum cenário externo ainda pouco dinâmico, além da forte concorrência dos produtos importados tendo em vista o nível valorizado da taxa cambial", informa na nota.