A presidente Dilma Rousseff decidiu esperar até meados de 2013 para tomar uma decisão sobre a compra de novos caças para a FAB (Força Aérea Brasileira), num contrato de bilhões de dólares, no qual a Boeing passou a ter mais chances por causa das recentes parcerias com a Embraer, disseram duas fontes oficiais à agência Reuters.
O Brasil pretende gastar pelo menos US$ 4 bilhões (R$ 8,10 bilhões) na aquisição de 36 novos caças, numa das transações de defesa mais observadas nos últimos anos nos países emergentes. Os finalistas são a norte-americana Boeing, a francesa Dassault Aviation e a sueca Saab.
Dilma pretende avisar o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre o adiamento durante um possível encontro dos dois nesta semana em Nova York, em meio à reunião anual da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), disseram as fontes, pedindo anonimato.
A própria Dilma tomará a decisão sobre a empresa fornecedora dos jatos, numa compra que será crucial durante décadas para moldar as alianças estratégicas e militares do Brasil, que busca se firmar como uma grande potência global.
A concorrência está suspensa em parte por razões orçamentárias, segundo um dos funcionários. Dilma acaba de travar uma dura disputa com funcionários públicos por aumentos salariais, e seria politicamente difícil aprovar um gasto de bilhões de dólares para equipamentos militares tão pouco tempo depois de alegar restrições financeiras para elevar salários.