Transferido no penúltimo dia de 2016, a multa referente à repatriação do dinheiro do exterior injetou mais de R$ 66 milhões na conta das prefeituras de Mato Grosso do Sul. De acordo com o presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Juvenal Neto, a transferência só foi possível depois de muita pressão do movimento municipalista em Brasília.
Juvenal, que integra o Conselho Político da CNM (Confederação Nacional de Municípios), cumpre seu último mês de mandato à frente da entidade, que fará eleição para a escolha dos novos membros da diretória no próximo dia 16.
Ele lembra que a ideia inicial do governo federal era atender apenas os governadores com o dinheiro da multa da repatriação. Porém, após intensa mobilização da CNM, o presidente Temer recuou e resolveu repassar a cota a que os municípios têm direito nos valores arrecadados pela União.
Na prática, o governo federal recuou no dia 20 de dezembro e decidiu antecipar o repasse aos municípios do montante referente a uma parte da arrecadação da União com a multa do programa de repatriação.
Inicialmente, o governo havia publicado uma medida provisória, no dia anterior, no "Diário Oficial da União", prevendo o repasse somente em janeiro de 2017, mas, diante da reclamação de prefeitos, publicou uma edição extraordinária antecipando a data do pagamento para 30 de dezembro.