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Economia

Entidades do Estado apoiam campanha pela divisão do pré-sal

16 novembro 2012 - 18h12Por Redação Douranews

Cerca de 30 entidades entre sindicatos, federações, associações, conselhos e universidades de Mato Grosso do Sul decidiram se reunir para dar apoio à divisão dos royalties do pré-sal. A partilha dos recursos para todas as regiões do país, incluindo os Estados não produtores de petróleo, poderá trazer mais desenvolvimento aos municípios com investimentos em todas as áreas, como defende o governador André Puccinelli.

     As entidades atenderam ao chamado do governo e irão se mobilizar para solicitar que a presidente Dilma Roussef sancione o Projeto de Lei (PL) 2.565/2011, que prevê a distribuição dos royalties do pré-sal. A presidente tem 15 dias para decidir sobre o veto (parcial ou integral) ou sanção do Projeto de Lei aprovado no dia 6 de novembro.

Representando a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), o diretor executivo, Sebastião de Almeida, participou da reunião e disse que a entidade junto com a CNM (Confederação Nacional dos Municípios) já está tratando desse assunto há mais de um ano com os prefeitos. Para ele a divisão dos royalties é uma decisão justa que deve atender os 5.563 municípios do Brasil. “Isso vai aumentar em seis vezes a arrecadação dos municípios. Vai atender a logística porque tudo que se produz no Estado até chegar ao centro consumidor ou nos portos tem um custo alto. Somos prejudicados por falta de portos que onera o custo de produção do Estado. Se a gente tiver parte dos investimentos na infraestrutura vai melhorar a produção daqui”, justificou.

     O presidente da Biosul (Associação dos Produtores de Bionergia de Mato Grosso do Sul), Roberto Hollanda, disse que o convite do governo do Estado para mobilização em prol da partilha dos royalties foi aceito prontamente. “A gente fica honrado em discutir esta questão com um governo tão indutor do desenvolvimento. Entendemos que o bom trabalho desenvolvido no Estado precisa continuar e ser fortalecido e que esta discussão vai trazer uma distribuição mais justa e democrática para o país”, comentou.

      Com mais recursos, o Estado se desenvolve. A opinião do presidente da Fecomércio, Edison Araújo vai ao encontro do que se pretende com a divisão dos royalties do pré-sal. O setor produtivo representa hoje dois terço do PIB (Produto Interno Bruto) de Mato Grosso do Sul e, conforme o presidente da entidade, vai trazer inúmeros benefícios e, claro, novas obras para o Estado. A opinião também é compartilhada pelo vice-presidente da Fiems (Federação das Indústrias do Estado), Alonso Resende do Nascimento, informando que o assunto também já começou a ser discutido nas reuniões de que a federação participou, inclusive durante um encontro com a diretoria da CNI (Confederação Nacional das Indústrias).

“Estamos endossando totalmente essa mobilização. Essa distribuição dos royalties é a mais justa que existe a vai auxiliar e muito os municípios. Ela [presidente Dilma Roussef] vai perceber que é a grande maioria dos Estados que está pedindo a divisão dos royalties”, salientou.  

     Como uma das representantes de universidades, a reitora da Uniderp, Leocádia Aglaé Petri, disse que essa é uma discussão nacional e que pelo fato de a universidade estar envolvida com pessoas e a cidade é preciso neste momento dar todo o apoio para a mobilização. “Qualquer recurso a mais fará com que as pessoas possam ir atrás dos seus sonhos inclusive fazendo um curso superior. Será um desenvolvimento presente onde teremos mais empregos, e qualquer desenvolvimento se faz primeiramente passando pela educação. É uma idéia participativa é a democracia sendo exercitada”, frisou.

O presidente da OAB/MS, Leonardo Avelino Duarte, também reiterou a participação da entidade para a sanção da presidente Dilma Roussef. “Como a OAB é líder da sociedade civil não podemos ficar de fora da discussão de algo que é para todos os brasileiros e em especial aos sul-mato-grossenses. Somos um Estado promissor com inúmeras possibilidades econômicas, mas precisamos de infraestrutura. Uma distribuição justa dos royalties nada mais é que agraciar o brasileiro com algo que é de todos”, defendeu.