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Economia

Exportações ultrapassam US$ 1,7 bilhão, aponta Fiems

25 novembro 2010 - 11h04Por Redação Douranews, com Assessoria

No ano, o grupo “Óleos vegetais” apresenta um crescimento de 50,3% na receita de exportação sobre igual período de 2009

As exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul nos últimos dez meses deste ano já ultrapassam US% 1,7 bilhão, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). De janeiro a outubro deste ano, as receitas totais alcançam US$ 1,716 bilhão, valor superior ao alçando em todo o ano passado (US$ 1,2 bilhão) e também no ano retrasado (US$ 1,3 bilhão).

Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, os dados apurados pelo Radar Industrial no mês de outubro reforçam a previsão de fechar o ano de 2010 com US$ 2 bilhões de receita com a exportação de produtos industrializados. “Nos últimos quatro meses, o setor vem alcançando uma média de US$ 212,3 milhões, confirmando as nossas previsões de atingir e até superar US$ 2 bilhões no ano graças à elevação dos preços internacionais para o complexo carne e o interesse crescente da Europa e Ásia pelo papel e celulose produzido no Estado. Também não podemos esquecer a retomada das vendas externas do nosso minério e a alta demanda pelo açúcar”, analisou.

Além disso, vale ressaltar que a receita obtida somente com a exportação de industrializados de janeiro a outubro deste ano já supera a receita total de vendas ao exterior - incluindo todas as outras categorias de produtos exportados pelo Estado - obtida em igual período do ano anterior por Mato Grosso do Sul, quando ela foi igual a US$ 1,2 bilhão. Ainda no acumulado do ano, constata-se que a participação das vendas externas do setor industrial sobre tudo o que foi exportado pelo Estado é da ordem de 68,8%, indicando, deste modo, um crescimento de 2,1 pontos percentuais sobre o resultado obtido em igual período do ano anterior, quando a participação era de 66,7%.

O Radar da Fiems também revela que a receita total da venda de industrializados para o exterior de US$ 1,7 bilhão no acumulado do ano é 56,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando a receita chegou a US$ 1,1 bilhão. Na comparação de outubro deste ano com outubro de 2009, o crescimento foi de 37,3%, aumentando de US$ 153,1 milhões para US$ 210,2 milhões, sendo que, igualmente aos meses anteriores,

outubro de 2010 mantém o mesmo comportamento e também se consolida como o melhor resultado já obtido para o mês em toda a série histórica da exportação de industrializados em Mato Grosso do Sul.

Os US$ 210,2 milhões obtidos no mês representam a terceira maior receita mensal de exportação de industrializados dos últimos 12 meses, ficando atrás somente de agosto e junho, ambos em 2010, que registraram valores de US$ 233,8 e 211,3 milhões, respectivamente. Quanto à participação relativa, no mês, as vendas externas de industrializados atingiram a marca de 76,4% de tudo o que foi exportado por Mato Grosso do Sul em outubro deste ano.

Com relação ao volume, no mês de outubro a exportação de industrializados alcançou o equivalente a 580,3 mil toneladas, indicando, deste modo, um crescimento de 9,3%, em volume, sobre igual mês do ano anterior, quando as vendas externas somaram 530,9 mil toneladas. Já no acumulado do ano, o volume total alcança 5,7 milhões de toneladas, crescimento de 54% em relação à igual período de 2009, quando foi vendido ao exterior o equivalente a 3,7 milhões de toneladas de produtos industrializados.

Desempenho geral

No ano, dez dos 13 principais grupos de produtos industrializados exportados por Mato Grosso do Sul apresentaram crescimento em suas receitas, quando comparados com correspondente período do ano anterior, sendo que as exceções ficaram por conta dos grupos “Siderurgia, Metalurgia básica e Metal Mecânica”, “Cimentos” e “Fiação, têxtil, confecção e vestuário”. Por outro lado, os grupos “Carnes e Miudezas/Cortes, Peças e Carcaças – Complexo Frigorífico”, “Papel e celulose, embalagens de papel ou papelão e demais artefatos de papel”, “Extrativo Mineral – Minerais Metálicos”, “Açúcar e Álcool” e “Óleos vegetais bruto e refinado” registraram importantes evoluções em suas vendas externas.

De modo semelhante aos últimos boletins, o grupo “Complexo Frigorífico” apresentou um desempenho crescente sustentado, sobretudo, pela elevação ocorrida nas vendas de carnes desossadas e congeladas de bovinos, pedaços e miudezas congelados de galos e galinhas e outras carnes congeladas de suínos, que proporcionaram uma expansão, em receita, no comparativo com igual período de 2009, equivalente a 25%, 17% e 172%, respectivamente. Em valores, o ganho adicional somado, decorrente das expansões observadas, foi da ordem de US$ 112,6 milhões. Deste modo, os três produtos em destaque passam a ser responsáveis por 93% de todo o ganho absoluto ocorrido, em 2010, nas vendas externas do complexo frigorífico sul-mato-grossense.

No caso do grupo “Papel e Celulose” o destaque, naturalmente, continua por conta da celulose que foi incorporada à pauta de industrializados no final do primeiro quadrimestre do ano passado e que registrou, somente em 2010, uma receita de exportação equivalente a US$ 313,9 milhões ou 93% da receita total do grupo. Outro importante produto é o papel fibra 150g/m² que começou a ganhar destaque no final de 2009, e que neste ano até o mês de setembro alcançou a marca de US$ 18,5 milhões ou 5,5% do total. Por fim, os principais comparadores dos produtos do segmento de papel e celulose sul-mato-grossense, no ano, são a Holanda com 32,8% ou US$ 110,7 milhões e a Itália com 27,2% ou US$ 91,6 milhões.

Já no grupo “Extrativo Mineral” o valor alcançado, no ano, equivale a US$ 281,4 milhões com destaque para a retomada das exportações de minérios de ferro em bruto, condição que vem se fortalecendo nos últimos meses, tanto que somente em outubro as vendas foram da ordem de US$ 34,1 milhões. No ano, as vendas externas de minérios de ferro totalizam US$ 263,1 milhões ou 93,5% da receita total do grupo, resultando, deste modo, em uma receita 3 vezes maior que a obtida em igual período do ano passado, com um volume, na mesma comparação, superior em 1,7 vezes.

No grupo “Açúcar e álcool”, no acumulado do ano, a receita de exportação alcançou o equivalente a US$ 249,5 milhões. Indicando, sobre igual período de 2009, um crescimento nominal de 97% na receita, resultando num valor adicional de US$ 122,9 milhões. Já em volume, na mesma comparação, a variação foi de 54%, aumento superior a 220 mil toneladas. Em relação aos compradores, os principais, até o momento, são a Rússia com US$ 47,1 milhões ou 18,9%, Índia com US$ 42,9 milhões ou 17,2%, China com US$ 14,0 milhões ou 5,6% e Malásia com US$ 13,3 milhões ou 5,3%.

Já o grupo “Óleos vegetais” gerou, no ano, uma receita de exportação equivalente a US$ 59,4 milhões, apontando um crescimento nominal de 50,3% sobre igual período de 2009. Em relação ao volume, na mesma comparação, o crescimento foi da ordem de 36,5%, alcançando um volume total de 70,0 mil toneladas. O destaque ficou por conta das vendas de óleo de soja bruto, mesmo degomado com US$ 52,8 milhões ou 88,9% da receita total e do óleo de soja refinado, em recipiente com capacidade inferior a cinco litros com US$ 5,7 milhões ou 9,6%. Somados, os dois principais produtos que compõem o grupo geraram, em comparação com 2009, uma receita e volume adicionais da ordem de US$ 20,1 milhões e 19,2 mil toneladas, respectivamente.