A associação que representa os importadores de veículos sem fábricas no Brasil, Abeiva, afirmou nesta terça-feira que estima um aumento de 25% nas vendas de veículos produzidos no exterior em 2013, para 150 mil unidades.
Apesar disso, a entidade, que representa mais de 20 marcas de veículos importados, afirma que a expectativa está longe do volume atingido em 2011, de 199 mil unidades. A redução ocorre diante das cotas de importação com benefício tributário impostas pelo novo regime automotivo Inovar-Auto, de 4.800 veículos por ano para cada importador.
Segundo o presidente da entidade, Flavio Padovan, também presidente da Jaguar Land Rover no Brasil, a Abeiva é "a favor do regime, por definir regras claras para a indústria, mas somos contra a forma como ele foi aplicado".
Entre as principais críticas da entidade está a cota padronizada para todos os importadores, que não segue histórico de anos anteriores de cada empresa, e exigências de produção local muito elevadas.
"No geral, a cota de 4.800 é muito tímida, não atende empresas de alto volume. Além disso, as metas de etapas de produção não são fáceis, assim como as de investimentos", disse ele a jornalistas durante o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo. Segundo ele, o novo regime "beneficia as empresas já instaladas no País, que um dia começaram com importações".
O executivo, cuja empresa deve anunciar no final deste ano se construirá uma fábrica no Brasil, criticou o regime recém-regulamentado ao afirmar que a restrição aos veículos importados vai causar eliminação de efeito de regulação de preços de veículos no mercado interno.
Mais cedo, o presidente da Kia Motors do Brasil, José Luiz Gandini, afirmou que a marca é a principal prejudicada pelo Inovar-Auto, já que vendeu em 2011 mais de 77 mil automóveis no País.