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Economia

Mantega diz que é inviável relacionar impostos nas notas fiscais

15 novembro 2012 - 15h15Por Redação Douranews

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, levantou dúvidas sobre a operacionalidade da lei aprovada pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira (13) que obriga notas fiscais a discriminar os impostos cobrados em transações comerciais.

Em entrevista publicada hoje (15) pelo jornal Folha de São Paulo, e reproduzida pelo Terra, o ministro afirmou que não é possível incluir na nota impostos que são cobrados após o ato da venda, como o Imposto de Renda, mas ainda assim incidem sobre o preço do produto.

"Por exemplo, o Imposto de Renda, que é cobrado sobre o resultado das operações das empresas. Como é que uma empresa vai colocar na nota fiscal o Imposto de Renda se ela só sabe isso [depois]... Ela pode até nem pagar se não tiver lucro", afirmou Mantega.

O ministro também informou que a nova lei implica na complicada implementação de um novo sistema. "Existe um problema operacional também, pois nós acabamos de implementar a nota fiscal eletrônica e nós teremos que modificar todo o programa de nota fiscal eletrônica para incluir um novo item. Isso parece fácil, mas é uma dor de cabeça operacional", argumentou.

Nove tributos deverão ser discriminados nas notas, de acordo com a lei: ICMS, ISS, IPI, IOF, IR, CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), PIS/Pasep, Cofins e Cide. De acordo com a reportagem, a presidente Dilma pode receber um pedido para vetar a lei se técnicos da Fazenda concluírem que a execução dela é inviável. Com informações do Terra