Mato Grosso do Sul aparece na lista dos estados e Distrito Federal que têm mais despesa com pessoal em segundo lugar, conforme dados do Tesouro Nacional, divulgado em lista compilada pelo portal O Globo. Os gastos do Estado atingem 73,49% da RCL (Receita Corrente Líquida) permitida pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) que impõe uma alíquota máxima de até 60% com esses compromissos. O vizinho Mato Grosso gasta cerca de 59,72% e está acima até mesmo de estados como São Paulo, que ocupa a 23 ª colocação, com despesa de 53,69%.
Na semana passada o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) confirmou estudos para um novo enxugamento da máquina administrativa, para redimensionar a estrutura do Estado e garantir a manutenção do equilíbrio fiscal. No conjunto dos estados, Mato Grosso do Sul é o único que conseguiu atravessar o ano com a folha de salários em dia e provisionar o 13º salário, comemorou ele, através do portal oficial de notícias. Em dezembro o Estado injeta quase R$ 1 bilhão na economia, com o pagamento da folha de novembro e o 13º salário do funcionalismo.
O governador Reinaldo Azambuja disse que o esboço da reforma deve ficar pronto ainda em novembro. “Com certeza haverá uma diminuição dos custos com a fusão e redimensionamento de estruturas e corte de comissionados”. De acordo com o governo, hoje o quadro de funções gratificadas, de livre nomeação, é de 2.400 funcionários. Gastos públicos não podem ser maior que a capacidade de arrecadação do Estado, ressalta o governador.