Os preços de componentes tecnológicos importantes continuam avançando nesta terça-feira (15), enquanto os danos causados pelo devastador terremoto e tsunami japonês da última sexta-feira (11) ameaçam prejudicar as cadeias mundiais de produção industrial por prazo mais longo do que muitos observadores imaginavam.
O grupo de pesquisa IHS iSuppli disse que o terremoto e suas conseqüências podem resultar em escassez significativa de certos componentes eletrônicos e causar fortes aumentos de preços.
Em comunicado, o grupo de pesquisa IHS iSuppli disse que, "embora haja pouca informação de danos efetivos nas linhas de produção eletrônicos, o impacto sobre os transportes e a infraestrutura resultará em perturbações no suprimento, resultando em escassez e alta de preços".
- Os componentes afetados incluirão chips de memória flash NAND, DRAM, componentes lógicos padronizados, painéis de cristal líquido (LCD) e componentes e outros materiais para LCDs.
Dezenas de empresas japonesas, de fabricantes de componentes a grupos de eletrônica e montadoras de automóveis, estão mantendo suas fábricas fechadas, e os danos à infraestrutura, incluindo estradas, redes de energia, ferrovias e portos, demorarão meses a ser reparados.
A perspectiva de perturbações mundiais nos suprimentos levaram empresas de todo o mundo a uma corrida por fontes alternativas de componentes de alta tecnologia, um setor em que o Japão continua a ser um dos protagonistas dominantes.
Os preços de chips de memória flash NAND no mercado à vista continuaram em alta nesta terça-feira, subindo em quase 3% após a alta de 20% na véspera, enquanto os preços dos chips de memória DRAM subiram mais 0,2% depois da alta de 7% na segunda-feira (14), de acordo com a DRAMeXchange, que acompanha os negócios nesses mercados.
O Japão responde por um quinto da produção mundial de semicondutores, o que inclui 40% dos chips de memória flash usados em vários tipos de aparelhos, de celulares inteligentes a tablets e computadores.
Mesmo que os embarques de componentes sejam afetados pelo terremoto por apenas duas semanas, a escassez e seu impacto sobre os preços devem perdurar até o terceiro trimestre, segundo a iSuppli.