O Ministério da Educação (MEC) divulgou na noite de ontem (6) o gabarito oficial do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). As respostas das questões podem ser conferidas aqui. Há, no mínimo, duas questões em xeque, levantadas após a realização da prova de sábado (3). Apesar disso, nenhuma foi anulada na divulgação do gabarito divulgado pelo Ministério.
Na questão 49 da prova amarela, que tratava de ondulatória, os professores do Sistema COC de Ensino e dos cursinhos Objetivo e da Poli apontaram que os três dados apresentados - de comprimento de onda, velocidade e frequência - eram incompatíveis. "O aluno poderia até chegar à resposta correta, a letra D, por dedução, mas se fizesse os cálculos não encontrava a alternativa certa", disse a professora do COC Shirlei Nabarrete.
Já sobre a questão de número 51 do caderno amarelo, os professores concordaram que houve equívocos na formulação. A pergunta tratava de um consumidor que comprou legumes em uma feira e, após chegar em casa, decidiu conferir a massa dos alimentos, pois ficou desconfiado com os dados da balança do vendedor.
"O prenúncio do enunciado trazia alguns dados que não levavam à nenhuma resposta. Se o candidato pegasse os dados apresentados no final da pergunta, também não chegaria a nenhuma resposta. No entanto, com alguns dados do começo e alguns do final, forçando a barra, daria uma alternativa", disse o professor do Objetivo Ricardo Helou Doca, ao destacar que a resposta correta seria a letra "D".
No domingo, os professores consultados pelo Terra não encontraram grandes problemas na prova. Para eles, o exame evoluiu em relação às edições anteriores, principalmente em matemática, prova que não contou com as tradicionais "pegadinhas". No entanto, nas questões de linguagens a avaliação é de que os textos continuam longos, exigindo um tempo maior para a resolução.
Redação
O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) informou nesta terça-feira que 6.386 profissionais atuarão na correção das redações. Desse total, 5.683 trabalharão diretamente com os 4,1 milhões de redações que serão corrigidas neste ano.
Entre os demais avaliadores, 229 atuam como supervisores, 12 como coordenadores de banca e 462 como auxiliares de supervisão. De acordo com o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, esses servidores trabalham para garantir a qualidade da correção das redações.
A partir desta edição do Enem, os alunos terão acesso às redações corrigidas para fins pedagógicos a partir de 15 de fevereiro de 2013, no site do Inep. Entretanto, os candidatos não poderão usar esse acesso como base para recursos na comissão organizadora da prova. O resultado final do exame será divulgado três semanas antes da abertura de acesso à redação, no dia 28 de dezembro.