Obra iniciada como parte do complexo da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), a Biblioteca Central do campus da Cidade Universitária será, enfim, inaugurada hoje (2), às 20 horas, depois que a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) incorporou esse projeto. A biblioteca tem 3.520,29 metros quadrados de construção divididos em três pavimentos.
O espaço recebeu o nome de biblioteca “Professora Izaura Higa”, uma das pioneiras do Ceud (Centro Universitário de Dourados, o antigo campi da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), onde atuou como Chefe do Departamento de Comunicação e Expressão entre os anos de 1971 a 1980.
A história da obra começa no final da década de 90, quando o governador Zeca do PT anunciou a construção, porém não disponibilizou os recursos financeiros. A situação só foi solucionada após um acordo em que a Biblioteca Central passou a ser de propriedade da UFGD, e em troca, a UEMS recebeu a doação de um terreno de aproximadamente 12 hectares, através de um Projeto de Lei do Governo federal, aprovado no Congresso Nacional. Além do terreno doado para a UEMS, a UFGD se comprometeu em disponibilizar um espaço físico para o acervo da biblioteca da Universidade Estadual e o uso compartilhado das demais dependências que serão administradas pela UFGD.
O acervo de livros da UFGD já está disposto no segundo andar da biblioteca, e vem sendo disponibilizado para consulta e empréstimo. Também no segundo andar está organizado o acervo especial do professor José Pereira Lins, um dos pioneiros da Educação de Dourados, que reuniu ao longo da sua carreira de docente uma grande quantidade de livros sobre ensino – especialmente de Letras e Língua Portuguesa.
Nesta semana o acervo de livros da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul está sendo organizado no primeiro andar do prédio e, em breve, também estará à disposição da comunidade acadêmica.
Estruturação
Ainda em fase de estruturação e organização, a nova biblioteca tem recebido um grande número de visitas. Novo mobiliário está sendo instalado na área de leitura, disponibilizando mais mesas e cadeiras para quem faz consultas a livros na própria biblioteca e há também uma sala para a higienização e restauração de obras danificadas pelo uso. A rede de internet wireless já está disponível, e vem sendo bastante utilizada pelos alunos que trazem seus notebooks e tablets.
Falando em acesso à internet, em breve será instalado um laboratório de informática, com 37 computadores. “O laboratório ainda não está pronto, mas em breve estaremos com os computadores prontos para ser utilizados pelos alunos e professores”, avisa a coordenadora da Biblioteca, Erondina Alves da Silva.
A bibliotecária também está aguardando a chegada dos móveis para a sala de multimídia, na qual será possível exibir sessões de filmes e apresentações de trabalhos e pesquisas, com um público de até 50 pessoas. “Projetamos esta biblioteca para ser mais do que o local onde ficam os livros. Queremos que este seja um espaço de convivência, de trocas culturais. Logo vamos contar com sofá, espaços confortáveis, onde os alunos possam vir passar o tempo, ler uma revista, ver filmes”, revela Erondina.
Futuros projetos
Como a biblioteca foi projetada para uma comunidade acadêmica com mais de 20 mil pessoas, o prédio está preparado para futuros investimentos. No térreo, o saguão tem espaço para que sejam instaladas uma livraria, fotocopiadora e lanchonete. Ainda no saguão há espaço para que professores, acadêmicos e técnicos organizem exposições culturais. Na base da escada que leva ao segundo andar, está reservado um espaço de descanso, onde haverá um sofá e revistas.
A biblioteca conta também com espaços para organizar mapas (mapoteca), discos e CDs (CDteca), coleções de revistas e jornais (hemeroteca), DVDs e outras gravações audiovisuais (videoteca). Também haverá um espaço para preservar obras raras e iconográficas. Segundo Erondina, o acervo desses materiais ainda é de pequeno porte, porém, a expectativa é de que, com a melhoria na estrutura, o acervo também seja ampliado.
Outro diferencial do prédio é a preocupação em oferecer acesso para portadores de necessidades especiais. Para chegar ao segundo andar, os cadeirantes contam com elevador. E na obra foi incluída a construção de uma sala com isolamento acústico, onde, futuramente, poderá se disponibilizar acesso a livros em áudio, ou ainda, um profissional encarregado de fazer a leitura em voz alta de livros que não disponibilizam tradução em braile.