Depois de obter 176.288 votos no primeiro turno, o deputado estadual Alcides Bernal soube capitalizar o desgaste da hegemonia de 20 anos com que o PMDB vinha se revezando no comando da capital de Mato Grosso do Sul [um mandato com Juvêncio da Fonseca, dois mandatos com André e outros dois com Nelsinho Trad] e agregou ex-aliados do governador para vencer, neste domingo (28), as eleições para a Prefeitura de Campo Grande, somando-se 100 mil votos a mais na disputa do segundo turno.
Bernal é o novo prefeito depois de contabiliza 270.927 votos, equivalente a 62,55% do total de votos válidos, conduzindo o PP (Partido Progressista), do qual é presidente estadual e acumulando apoios expressivos, como do segundo e do terceiro colocados do primeiro turno, Reinaldo Azambuja, do PSDB e Vander Loubet, do PT, além do dirigente do PPS, vereador Athayde Neri, ex-vice de Azambuja no primeiro turno e desafeto histórico de André Puccinelli nas disputas eleitorais da capital do Estado.
Com a vitória de Alcides Bernal, tomam novos rumos as alianças eleitorais em Mato Grosso do Sul, culminando com a aproximação de PT, PSDB, PPS e o próprio PP do novo prefeito, podem vir a agregar, nos próximos embates, especialmente em 2014, o PSB e o PDT que nessas eleições ficaram com Giroto, mas podem rever a estratégia considerando o arco nacional de partidos que vão tentar aglutinar interesses para a sucessão da presidente Dilma Rousseff.
Giroto, do PMDB, obteve 122.813 votos no primeiro turno e agora, neste domingo, chegou a 162.212. Deputado federal mais votado nas eleições de 2010, o peemedebista continua sendo o amigo e aliado preferencial do governador, que deve aproveitar o prefeito em fim de mandato, Nelsinho Trad, na recomposição do Governo a partir de janeiro, visando preservar a hegemonia do partido tendo em vista as próximas eleições, onde o senador Delcídio do Amaral (PT) vai tentar tirar proveito desse resultado para buscar, mais uma vez, ser o substituto de André.