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Eleições

Nas eleições dos Estados Unidos, quem tem mais votos pode não ganhar

08 novembro 2016 - 19h06

Cerca de 200 milhões de norte-americanos estão aptos para escolher o nome do novo presidente dos EUA. O voto não é obrigatório no País e os cidadãos a partir dos 18 anos podem registar-se para votar. Os EUA registra grandes níveis de abstenção, sendo que, em 2012, a taxa de participação dos eleitores foi de apenas 54.87%.

As eleições começaram, na realidade, nas primárias, há cerca de um ano e meio, em um processo onde são escolhidos os delegados, o que significa que as eleições lá são do tipo indiretas, para a Convenção Nacional. Nessa Convenção, os delegados decidem os candidatos (e vices) que efetivamente participarão das eleições. No caso, foram escolhidos Hillary Clinton e Donald Trump.

A partir daí é que entra a parte mais confusa da coisa, “The Winner Takes It All”. Nas eleições estadunidenses você vai às urnas (ou não) e vota ou para Hillary, ou no Trump. Mas, diferentemente do Brasil, isso não vai fazer com que ela ou ele ganhem 1 voto absoluto.

Isso, assim como nas primárias, vai eleger um delegado que vai eleger um dos dois. Por isso o nome. Porque se um dos dois conquistar 60% dos votos contra 40% dos outros, quem conquistou os 60% leva todos os representantes pro Colégio Eleitoral enquanto o dos 40% leva nenhum.

Isso acaba fazendo com que no final das contas, ainda que um candidato tenha mais votos absolutos que o outro, possa acabar perdendo a disputa. Porque o que define a eleição e faz com que você se torne presidente é levar a maioria mínima dos 538 delegados (270) sobre o, ou a, concorrente.

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