Em assembleia realizada na semana passada, os bancários rejeitaram a proposta de 6% de reajuste salarial apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e aprovaram greve por tempo indeterminado a partir de amanhã (18), conforme calendário nacional de negociação. Os bancários voltam a se reunir em assembleia hoje (17), às 18h30, na sede do Sindicato, na rua Olinda Pires de Almeida, para organizar a greve que começa amanhã em todo o país.
A greve dos bancários “será uma resposta ao descaso da Fenaban, que negou as principais reivindicações da categoria e ofereceu apenas 0,5% de aumento real”, justifica o presidente do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, Raul Lídio Verão.
A paralisação se faz necessário, segundo ele, porque a Fenaban foi avisada “mas, como sempre, tem empurrado os bancários para a greve. Quem sofre é a população e a culpa é dos banqueiros. Se eles não quisessem a greve, poderiam apresentar uma proposta melhor e tempo tiveram para isto”. afirma.
Adesão nacional
“Os bancos frustraram as expectativas da categoria e não apresentaram nenhuma contraproposta aceitável na negociação com o Comando Nacional dos Bancários”, afirma a presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região, Iaci Azamor Torres, confirmando também a adesão à greve por tempo indeterminado a partir de amanhã.
Na semana passada, o presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Carlos Cordeiro, já havia alertado que a categoria estava mobilizada para ir à greve caso o acordo fosse insatisfatório. A expectativa do Comando Nacional dos Bancários era de que a Fenaban apresentassem nova proposta que se aproximasse mais das reivindicações da categoria, o que não ocorreu.