O projeto de extensão Cineclube UFGD faz uma programação diferente neste sábado (17), exibindo dois filmes em horários diferentes para a comunidade. As sessões serão realizadas no cineauditório da Unidade 1 da UFGD, na rua João Rosa Góes, 1761, na Vila Progresso, com entrada franca.
A partir das 15 horas será exibido o filme “Santiago”, um documentário que mistura fantasia e realidade para contar a história do mordomo Santiago Badariotti Merlo, que dedicou sua vida a servir a aristocracia, apesar de ser viajado, poliglota e dono de uma cultura extraordinária, mesmo sendo de origem humilde.
Uma das curiosidades do documentário é que as imagens foram feitas em 1992, mas permaneceram intocadas por mais de 13 anos. Isso, porque o diretor João Moreira Salles planejou o documentário baseado na vida do mordomo da casa da família dele, mas teve dificuldades para editar as cenas filmadas. Em 2005 o diretor voltou a trabalhar sobre as cenas gravadas, encontrando outro foco no material rodado.
“Linha de passe”
Já às 17 horas o filme em exibição será “Linha de Passe”, dirigido por Walter Salles e Daniela Thomas. No coração de São Paulo, uma das mais populosas e caóticas cidades do mundo, quatro irmãos, nascidos de pais distintos, tentam de maneiras diferentes encontrar um caminho para a vida, mostrando a imagem de um Brasil em estado de urgência e crise de identidade, onde todos procuram uma saída.
Reginaldo (Kaique de Jesus Santos) é um jovem que procura pelo pai obsessivamente. Dario (Vinícius de Oliveira) sonha em se tornar jogador de futebol, mas, aos 18 anos, vê a ideia cada vez mais distante. Dinho (José Geraldo Rodrigues) dedica-se à religião. Dênis (João Baldasserini) enfrenta dificuldades em se manter, sendo também pai involuntário de um menino. Os quatro são irmãos, tendo sido criados por Cleuza (Sandra Corveloni), a mãe, que trabalha como empregada doméstica e está mais uma vez grávida, de pai desconhecido. Eles precisam lidar com as transformações religiosas pelas quais o Brasil passa, assim como a inserção no meio do futebol e a ausência de uma figura paterna.
