Sem alarde, Ángel Romero vai atingir uma marca importante com a camisa do Corinthians. Neste sábado, quando entrar em campo contra o Atlético-PR, na arena, ele vai completar 100 jogos em dois anos e meio de clube.
Um período conturbado, com altos e baixos, mas que sempre teve finais felizes. Ele espera que o mesmo aconteça em 2016. Uma vitória contra o Atlético coloca o Corinthians muito perto da Taça Libertadores do ano que vem.
Sobre o futuro, porém, ainda não há definição. Depois de mostrar vontade de deixar o Corinthians em fases anteriores, hoje Romero se sente à vontade. Mesmo assim, o atacante não sabe se fica. Ele tem contrato até julho de 2019.
– A princípio quero ficar. Estou muito contente aqui, faz dois anos e meio que estou aqui, totalmente adaptado ao clube, à cidade. Foi um ano positivo para mim. Fiz um grande trabalho, fiz gols importantes, eu me superei em tudo – disse o paraguaio. Mas, se uma proposta aparecer...
– Não sei como falar isso agora, porque não chegou nada para mim ainda. Se chegasse algo, não seria só decidir e ir embora. Tem muita coisa além disso. Se chegar proposta da Europa ou de onde seja, tem de conversar com a família, com meu empresário. Agora não sei como falar isso, mas estou vivendo dia a dia. É assim que vou fazer.
Por isso, Romero só quer viver o jogo 100 e as marcas que já conseguiu alcançar pelo Timão. As mais importantes: o título brasileiro de 2015 e a artilharia da Arena Corinthians, com 16 gols. No total, ele foi às redes 20 vezes em 99 partidas pelo Timão.
– Mais 100 jogos? É muito cedo (risos). O que me custou para jogar 100 partidas? Imagine mais 100... Mas vou viver o dia a dia, tratando de manter essa sequência de jogos. Não conseguimos ser campeões, mas podemos acabar bem o ano com a vaga na Libertadores – desejou Romero.
Ao GloboEsporte.com, o paraguaio falou sobre a marca centenária, a história no Corinthians e a relação com a família – principalmente o irmão Óscar Romero, hoje no Racing, da Argentina.
Veja as principais frases de Romero:
100 JOGOS
– É uma marca importante para mim, uma meta que eu tinha de fazer história aqui. Queria fazer muitos jogos aqui desde que cheguei. Sábado vou completar 100 jogos, é uma marca muito boa. E também fazendo meu melhor para que o time possa se classificar à Libertadores.
ATUAL MOMENTO
– Estou bem. As críticas e coisas que se falam são normais no Corinthians, é um time grande e sabemos da responsabilidade. Fico feliz pela sequência de jogos, voltei muito bem da seleção paraguaia, por mais que a gente não tenha vencido. Mesmo assim, tive a oportunidade de jogar contra o Peru, depois o segundo tempo contra a Bolívia. Voltei contra o Inter, jogo muito difícil. Continuamos com esse sonho da Libertadores. Estou contente com a meta que vou lograr no sábado, e quero aumentar meus gols aqui também.
HISTÓRIA NO CORINTHIANS
– Já fui campeão aqui, então isso é algo muito grande. Era um sonho meu jogar em outro país, aprender outra língua, e hoje sou campeão pelo Corinthians, um time importante no mundo. Agora estou conseguindo uma sequência de jogos. Conseguindo uma meta de ser o maior artilheiro da arena. Mas isso continua, tenho de lograr mais coisas. Neste ano, o Corinthians não foi campeão. É um momento em que temos de aprender com os erros.
ANO POSITIVO?
– Para mim, esse ano foi positivo. Comparando com os dois anos anteriores. Em 2014, tive sequencia com o Mano, mas não fiz muitos gols e perdi a vaga no time e na seleção. Em 2015 quase não joguei, foi um momento mais difícil. Mas superei tudo e comecei 2016 jogando, voltei para minha seleção, virei artilheiro do time... Pessoalmente é positivo, mas somos uma equipe, e isso é o primeiro de tudo. Ano que vem tem de ser melhor.
SENTE-SE VALORIZADO?
– Eu já falei sobre isso, deixei claro que podem me criticar de tudo. Mas que seja com respeito, só isso que peço. Espero que todo mundo possa respeitar mais meu trabalho, pois não faço mal a ninguém. Só isso que deixei claro. Fico contente porque minha família está feliz com meu trabalho, com a forma que superei tudo. Ano passado quase não joguei e tinha de tirar forças de algum lugar. A família é importante.
RELAÇÃO COM O IRMÃO GÊMEO, ÓSCAR ROMERO
– Com ele eu falo bastante, todo dia quase. Um cara que é parecido comigo em todos os sentidos (risos), tem a mesma personalidade, quer se superar sempre. Ele está num momento muito bom também, e minha família está orgulhosa de nós. Não é fácil para um paraguaio sair do país e sobressair numa liga como a do Brasil ou da Argentina. A família está bem contente. Quero continuar assim, que 2017 seja melhor para mim e para o Corinthians.
ADAPTAÇÃO AO BRASIL
– Ajuda bastante ter o Balbuena por aqui. Quase nunca fiquei sozinho com brasileiros. Tinha o Mendoza ano passado, em 2014 o Paolo Guerrero, o Lodeiro... Mas é diferente quando uma pessoa da sua terra joga com você. Balbuena chegou, também se adaptou muito rápido, fala português melhor do que eu... Está fazendo de tudo para se adaptar cada vez mais, porque não é fácil chegar e jogar num clube grande como esse. Estamos nos ajudando.
JOGOS MAIS IMPORTANTES
– São três que marcaram mais. Primeiro aquele 6 a 1 contra o São Paulo, depois contra o Cobresal, pela Libertadores, e depois Flamengo (pelo Brasileiro de 2016). Foram muito importantes. Contra o São Paulo eu ainda era reserva, e é difícil jogar um clássico e fazer dois gols nessa condição, e ganhando de goleada. Fazer dois gols em um jogo de Libertadores também é difícil. E contra o Flamengo porque era uma expectativa por jogar contra o Paolo... Feliz porque deu tudo certo.
Próximo adversário: Atlético-PR
Local: Arena Corinthians, em São Paulo
Data e horário: sábado, às 21h (de Brasília)
Escalação provável: Walter, Fagner, Vilson, Balbuena e Uendel; Cristian; Marquinhos Gabriel, Camacho, Rodriguinho e Marlone; Romero
Desfalques: Rildo, Yago, Danilo e Bruno Paulo
Pendurados: Giovanni Augusto, Guilherme e Uendel
Arbitragem: Leandro Pedro Vuaden (Fifa-RS), auxiliado por Elio Nepomuceno de Andrade Junior (RS) e Lucio Beiersdorf Flor (RS)
Tempo Real: GloboEsporte.com a partir das 20h