O Sindicom (Sindicato do Comércio Atacadista e Varejista de Dourados) estima que serão abertas mais de 1.000 vagas para a contratação por emprego temporário visando atender à demanda do movimento previsto para o comércio neste final de ano.
De acordo com o presidente Valter Castro, boa parte desse pessoal acaba se firmando no emprego após a virada do ano, como vem ocorrendo com o crescimento da atividade do comércio no Município.
Por isso mesmo, o Sindicom entende que a proposta de 10% de reposição salarial para o setor [em duas vezes, 8% para este mês e 2% em março do ano que vem] leva em conta “a responsabilidade que temos, não apenas em relação aos empregados e sim às famílias envolvidas”.
Negociação salarial
Valter Castro criticou as afirmações do presidente do Secod (Sindicato dos Empregados no Comercio de Dourados), Pedro Lima, quanto ao debate em torno do reajuste, que será levado à mesa de mediação do Ministério do Trabalho na segunda-feira (12), às 14 horas.
“O risco de elevarmos demasiadamente o salário do comércio a ponto de entrarmos em um processo de retração de contratações, bem como de iniciarmos uma onda de redução de quadro devido à inviabilidade de tais aumentos, deve ser evitado”, argumenta o presidente do Sindicom.
O reajuste sugerido pelo sindicato patronal, segundo o dirigente, supera os índices niveladores salariais, como o IPCA (5,45%), o INPC (5,98%), o IGPM (7,52%) e mesmo o reajuste previsto do salário mínimo (7,9%) do Governo, além da própria inflação estimada que deve fechar este ano próximo a 5,44%.
“Foi por isso que solicitamos junto MTE (Ministério Trabalho e Emprego) esta mesa redonda”, disse o sindicalista. O encontro terá como mediador o próprio gerente do órgão em Dourados, Carlos Alberto Sfer.