O desemprego seguiu em alta no final do ano passado e subiu para 12% no quarto trimestre, segundo dados divulgados nesta terça-feira (31) pelo Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por meio da pesquisa Pnad Contínua. Esse é o maior índice da série histórica do indicador, iniciada em 2012. No ano de 2016, a taxa média de desocupação ficou em 11,5%.
No trimestre de outubro a dezembro, o Brasil tinha 12,3 milhões de pessoas desocupadas. O número representa um aumento de 2,7% em relação ao trimestre de julho a setembro e de 36% na comparação com o último trimestre de 2015.
Já a população ocupada somou 90,3 milhões de pessoas. Em relação ao trimestre anterior, esse número cresceu 0,5%, mas frente ao quarto trimestre de 2015, caiu 2,1%. Desse total, 34 milhões de pessoas que estavam empregadas no setor privada tinham carteira de trabalho assinada. Do terceiro para o quarto trimestre, não houve alteração no contingente, no entanto, recuou quase 4% na comparação com o final do ano anterior.
Com o aumento do desemprego, a categoria dos trabalhadores por conta própria chegou a 22,1 milhões de pessoas, registrando um aumento de 1,3% em relação ao trimestre de julho a setembro, mas caiu 3,4% diante do quarto trimestre de 2015.
Quanto aos trabalhadores domésticos, não houve aumento nem diminuição da quantidade, estabilizada em 6,1 milhões de pessoas.
O desemprego aumentou, mas o rendimento médio dos trabalhadores não subiu nem caiu em relação ao trimestre anterior e ao quarto de 2015, ficando em R$ 2.043.