O valor estimado da pirataria apreendida na capital paulista de janeiro a agosto de 2012 é quase dez vezes maior que o orçamento destinado no ano à Subprefeitura da Sé, no centro de São Paulo. Para a Secretaria municipal de Segurança Urbana, essa pode ser vista como uma prova do dinheiro e poder das quadrilhas que comercializam produtos irregulares na cidade. De acordo com a Secretaria, nesses oito meses, foram apreendidos 12,5 milhões de produtos ilegais. O valor dessa mercadoria chega a R$ 500 milhões. Já o orçamento de 2012 da Subprefeitura Sé é de R$ 50.525.442.
Com a intensificação das ações de fiscalização da Prefeitura, o secretário Edsom Ortega diz que foram percebidas algumas mudanças na forma de agir dos criminosos. Uma delas foi a migração da pirataria para feiras livres, especialmente em bairros da periferia.
Segundo o secretário, os criminosos passam a usar principalmente dois caminhos: a internet e comércio por catálogo. Ele conta que essas duas formas de venda cresceram após o início da operação para fugir do flagrante. Ortega afirma que a área de inteligência da Polícia Civil tem trabalhado na localização dos criminosos.
“A gente não quer prender uma pessoa na [rua] 25 de Março, a gente quer acabar com o esquema deles [crime organizado]. Às vezes, você não pode prender o primeiro que vê. Tem que ver a infraestrutura para prender a quadrilha inteira.
O especialista em segurança pública José Vicente da Silva Filho diz ver com bons olhos a luta contra pirataria em São Paulo, porém, afirma que são necessárias ações maiores, na fronteira do País. Segundo ele, isso, sim, "desestrutura” o crime. Com informações do R7