Ao ser informado que Adriano rescindiu o contrato com a Roma, o vice-presidente de futebol do Palmeiras, Roberto Frizzo, exclamou: "ai, que medo". O atacante, que chegou a negociar com a antiga diretoria do clube, não está mais nos planos alviverdes mesmo sem vínculo com nenhum time.
"Pena que ele não tem cabeça. Se ele se põe em forma, te dá um, dois anos de alta performance, mas não vale a pena pajeá-lo", explicou o dirigente, citando o astro até como um possível problema de relacionamento com o elenco, que teria que lidar com seus privilégios.
"Ele é um grande jogador, Deus deu esse dom para ele. Ele tem um físico privilegiado, sabe proteger a bola. Quem não gostaria de ter o Adriano com a cabeça boa?", indagou Frizzo. "Só desejo que ele seja feliz em outro lugar", comentou.
Com a decisão do vice-presidente, quem tem mais a lamentar é Luiz Felipe Scolari. O treinador, que já admitiu publicamente estar cansado de pedir um centroavante para a diretoria, iniciou as conversas com Adriano em dezembro e expôs o interesse palmeirense em conflito com o Corinthians na época.
O jogador não deixou a Itália porque a Roma se recusou a liberá-lo. Agora que o clube europeu mudou de idéia, o Palmeiras vive política de contenção de gastos. Em outras palavras, arcar mesmo com parte do alto salário ou entrar em leilão para contratá-lo é considerado inviável.
