Para um time que em 2016 lutou contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, iniciar a temporada 2017 conquistando um título em cima do maior rival, sem dúvida, é algo animador, que deve ser comemorado. Principalmente por tudo que representa a estreia de Rogério Ceni como técnico e pelos 18 dias de trabalho realizados nos Estados Unidos.
Mas, conforme publica o Globoesporte, há observações a fazer. A primeira é que os atletas mais versáteis terão muito espaço com o novo treinador. Um exemplo disso é Wesley. Ele não começou como titular nem contra o River Plate e nem contra o Corinthians. Mas, quando entrou, desempenhou várias funções em campo. Contra o rival, começou como atacante pela direita. Depois da saída de Thiago Mendes, virou volante no meio-campo. Na sequência, após Buffarini ser substituído, foi deslocado para a lateral direita.
Rodrigo Caio é outra amostra da polivalência que Ceni quer da equipe. Quando o time é atacado, ele vira zagueiro. Quando o time ataca, ele é volante e dá outra dinâmica ao setor. Muito da queda do Tricolor em campo contra o Corinthians, após a expulsão de Maicon, se deu porque Rodrigo foi recuado para a zaga, onde formou dupla primeiramente com Douglas e depois com Lucão. Certamente, o camisa 3 será um dos atletas mais importantes no esquema tático do novo treinador são-paulino.
Contra o River Plate, o São Paulo deixou uma ótima impressão por cerca de 70 minutos. Teve velocidade pelas pontas, fez pressão na saída de bola do adversário, criou inúmeras chances de gol. Mas aí apareceu a maior carência do elenco e que certamente ainda vai dar muita dor de cabeça ao comandante: a falta de eficiência nas finalizações, Foram seis, sete oportunidades claras desperdiçadas. Contra o Corinthians, até pela expulsão de Maicon, não foi possível repetir a postura. O time também demorou para entender o novo posicionamento do adversário após a saída de Kazim, que também recebeu cartão vermelho.