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Manoel Afonso

Amplavisão – Clamor popular contra impunidade do policial matador

13 janeiro 2017 - 12h42

IMPUNIDADE O conjunto de manobras para beneficiar Ricardo Hy Um Su Moon, do policial Rodoviário Federal, assassino do empresário Adriano Correia do Nascimento, é vergonhoso. Ainda bem, a Ordem dos Advogados do Brasil e o Ministério Público Estadual entraram no caso em sintonia com a indignação popular.

‘ESTRANHO-1’ Por que os policiais do GARRAS que chegaram ao local do crime não deram voz de prisão ao matador? Afinal ele estava ainda armado, usando celular e portava-se friamente como se tivesse abatido um animal qualquer. Esse fato é grave merece uma profunda investigação da corporação militar. Alô alô Secretário da Justiça!

‘ESTRANHO-2’ A Delegada de Polícia Daniela Kades encarregada do caso admitiu que o matador tenha agido em legítima defesa, apesar de ter disparado 9 tiros contra a vítima com o carro em movimento, acertando em 3 pessoas. Suas outras afirmativas deixam dúvidas quanto a sua isenção funcional e sua saída do caso seria o correto.

NO BRASIL autoridades e ricos tem tratamento diferencial garantido por lei. Primeiro o processo corre em segredo de justiça e é difícil saber se há ou não irregularidades no feito. Segundo, ainda vigora a tal ‘Lei Fleury’ que permite ao assassino responder o processo em liberdade, porque tem emprego fixo, boa posição social e bens de raízes.

LEGÍTIMA DEFESA Pelo visto pretende-se incriminar o morto e soltar o matador. A postura dos colegas de farda do assassino ao custear os honorários advocatícios, mancha até imagem da Polícia Rodoviária Federal. O motorista abordado nas rodovias se sentirá inseguro por eventual reação violenta do militar. Concorda?

PÉROLA-1 “...O policial matou o empresário com 5 tiros “embutido de senso de dever cívico e da responsabilidade maior de evitar dano maior à sociedade e aos ocupantes de o veículo, dando voz de prisão ao condutor por estar conduzindo em visível estado de embriaguez”.

PÉROLA-2 “...O colega (Ricardo) deu o maior azar de toda a história e só porque tinha em seu caráter a necessidade de não permitir que o condutor viesse a causar dano à sociedade, que acabou crucificando ele”.

PÉROLA-3 “...O motorista foi atingido por 5 dos 7 disparos, mas acelerou ao máximo e veio a colidir em frente ao velório de um assassino de um PM que foi caçado por policiais militares. Velório de criminoso tem parentes de criminoso e mais criminosos...Essa é a fonte principal de testemunhas do caso”.

PÉROLA-4 “ ...A comoção pública no dia da virada do ano foi incendiada e a mídia local viu um prato cheio para obter leitores. Essa mídia viciada e desinformada que escreve o que bem entende sem medida de consciência e consequências.”

OS TÓPICOS (4) acima constam de mensagem de texto circulando na internet, compartilhado em grupos de WhatsApp cuja autoria presume-se ser de colegas de corporação (PRF), com o objetivo de inocentá-lo do bárbaro crime. Quem redigiu não dimensionou a incoerência e estupidez do texto. Essa solidariedade beira até a conivência.

CONCLUI-SE pelo que pregam os amigos do matador, que seria justificável matar qualquer cidadão por uso de bebidas alcoólicas. Já, criticar a mídia nestas situações vai ficando normal, especialmente quando os réus são autoridades, como ocorreu no homicídio do Promotor de Justiça Zeola que matou o sobrinho. Lembram?

O PAPEL da imprensa no episódio foi decisivo. Denunciou e incorporou a indignação da sociedade cobrando medidas. Mas é preciso ficar vigilante para que o criminoso não seja beneficiado pelo sistema, onde poderosos não pagam pelos crimes. Em tempo: O Judiciário saiu desgastado; insensível, não ouviu o clamor popular. Não há ‘Caravana da Justiça’ que recupere os estragos. Lamentável.

PERGUNTAS: O que pensam os vizinhos, parentes e amigos destes colegas do policial matador sobre essa estúpida solidariedade deles manifestada na internet? A pergunta cruel: Será que existiriam outros ‘Ricardos’ nas fileiras da PRF? Esse é o medo geral.

DINÂMICO Assim defino o mandato do senador Pedro Chaves (PSC) nas questões pertinentes à educação, principalmente. Isso faz a gente lembrar o ex-deputado Londres Machado (PR). Convidado a tentar um mandato em Brasília, respondeu: “No Senado e Câmara exige-se especialização em alguma área específica e eu não tenho”.

A ÚLTIMA ação de Chaves é a iniciativa de implantar cursos de capacitação para a melhoria da formação dos professores da Educação Básica. Quer aproveitar a estrutura da Universidade Federal de MS para corporificar o projeto de alto alcance. É melhor investir agora na educação, do que no futuro gastar o triplo com os presídios. Não é?

‘BOMBAS- RELÓGIO’ deixadas pela administração anterior não faltam nas prefeituras do país. Salários de servidores em atraso, dividas junto a fornecedores, veículos e maquinários sucateados. É o retrato do descaso no gerenciamento da coisa pública. Coisa bem brasileira.

POLÊMICA Nesta hora de crise em que o agronegócio salva a pátria através da balança comercial, a Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense (RJ) adotou o enredo “Xingu – O clamor que vem da Floresta”. A Associação dos Criadores de MS (Acrissul) já botou a boca no trombone reclamando do preconceito contra o agronegócio.

PARANAÍBA Aos 98 anos de idade, o ex-deputado Valter Faustino Dias (UDN) vive hoje cercado de cuidados especiais e do carinho dos familiares em sua casa. Aliás, ele e o dr. Wilson Barbosa Martins (99) são os dois políticos mais velhos oriundos do Mato Grosso uno. Missão cumprida.

‘SOB RISCO’ A proposta do vereador eleito Vinicius Siqueira (DEM) em diminuir para 15 o número de vereadores da nossa capital, além de cortar salário e gratificações de assessores, vai prosperar? O passo inicial, mudar a Lei Orgânica com projeto assinado no mínimo por 10 vereadores. Conta com a pressão popular, mas, esquece, o nosso povo é bunda mole.

VINICIUS é da Associação Pátria Brasil, responsável pelas manifestações de ruas em Campo Grande. Eleito com 3.386 votos ele se considera um democrata sem os vícios do poder. Promete exercer um mandato coerente com o discurso anticorrupção que defendeu nas ruas. Vou esperar para conferir.

“Perder a esperança é ter a coragem para reconhecer que o que está morto realmente morreu” (Rubem Alves)

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