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Cana-de-açúcar melhora participação de MS no mercado externo

17 novembro 2016 - 12h40

A receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul já soma US$ 2,19 bilhões no período de janeiro a outubro deste ano, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Somente no mês de outubro o montante chegou a US$ 215,3 milhões, enquanto em volume no ano já são 7,4 milhões de toneladas. Além disso, em relação à participação relativa, no mês de outubro, a indústria respondeu por 89% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul, enquanto no acumulado do ano, na mesma comparação, a participação ficou em 62%.

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, de janeiro a outubro, os principais destaques ficaram por conta dos grupos “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Açúcar e Etanol”, “Óleos Vegetais”, “Extrativo Mineral”, “Couros e Peles” e “Alimentos e Bebidas”, que, somados, representaram 97,7% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior. “No entanto, na comparação com o mesmo período do ano passado, a receita total teve redução de 8%, caindo de US$,2,37 bilhões para US$ 2,194 bilhões”, analisou.

De janeiro a outubro as exportações do grupo “Celulose e Papel” somaram US$ 827,6 milhões, apontando queda de 4% sobre igual período de 2015, quando as vendas atingiram US$ 862,9 milhões. A redução observada se deu principalmente pela diminuição nas compras em importantes mercados para a celulose de Mato Grosso do Sul, com destaque para Itália, Holanda, Estados Unidos e Coreia do Sul que somados apresentaram redução equivalente a US$ 74,5 milhões.

No “Complexo Frigorífico”, a receita de exportação de janeiro a outubro de 2016 alcançou o equivalente a US$ 653,2 milhões, sinalizando queda de 11% sobre igual período de 2015, quando o total ficou em US$ 731,6 milhões. A redução observada se deu principalmente por conta da diminuição das compras em importantes mercados para as carnes de Mato Grosso do Sul, com destaque para Venezuela, Egito, China, Japão, Rússia e Arábia Saudita que somados apresentaram redução de US$ 111,1 milhões.

Cana em alta

No grupo “Açúcar e Etanol”, a receita de exportação de janeiro a outubro de 2016 alcançou o equivalente a US$ 310,2 milhões, aumento de 10% sobre igual período do ano passado. Resultado dos aumentos no volume comercializado e preço médio da tonelada do açúcar de cana, único produto do grupo com registro de vendas ao exterior no acumulado deste ano. Em relação ao volume, até o mês de outubro, foram vendidas 931,1 mil toneladas, contra 874,4 mil no mesmo intervalo do ano passado. Quanto ao preço, o valor médio da tonelada vendida em 2016 está em US$ 333,12, contra US$ 322,61 em 2015.

Em relação ao grupo “Óleos Vegetais” o período de janeiro a outubro de 2016 fechou com receita equivalente a US$ 120,5 milhões, indicando queda de 26% sobre o mesmo intervalo de 2015, quando as vendas foram de US$ 163,9 milhões. Resultado influenciado, basicamente, pela queda do preço médio de venda das Farinhas e “pellets” da extração do óleo de soja e dos Bagaços e outros resíduos da extração do óleo de soja. No caso do primeiro produto a queda foi de 8%, com o preço médio da tonelada sendo vendida, em 2016, por US$ 348,02, contra US$ 378,35 em 2015. Já em relação ao segundo produto, o preço médio da tonelada apresentou queda de 20%, com o preço médio, em 2016, alcançando US$ 327,39, contra US$ 409,60 no ano anterior.

Mais grupos

No grupo “Extrativo Mineral”, a receita de exportação acumulada de janeiro a outubro alcançou o equivalente a US$ 118,6 milhões, indicando recuo de 25% sobre o mesmo período de 2015, quando as vendas foram de US$ 159,1 milhões. Resultado fortemente influenciado pela queda de 24% no preço médio da tonelada do minério de ferro, bem como pela redução de 15% no volume comercializado do produto. Em valores, o preço médio da tonelada caiu de US$ 33,68 para US$ 25,69.

Já no grupo “Couros e Peles”, a receita de exportação de janeiro a outubro de 2016 alcançou US$ 91,2 milhões, indicando redução de 8% sobre igual período de 2015. Resultado influenciado principalmente pela queda de 24% do preço médio da tonelada do couro exportado por Mato Grosso do Sul. Quanto ao volume, foram exportadas 34,5 mil toneladas, número 21% maior na comparação com o mesmo período de 2015, quando foram comercializadas 28,6 mil toneladas.

Encerrando, o grupo “Alimentos e Bebidas” fechou o período de janeiro a outubro de 2016 com receita equivalente a US$ 21,9 milhões, indicando aumento de 10% na comparação com o mesmo período de 2015, quando as vendas foram de US$ 19,9 milhões. O crescimento foi influenciado, basicamente, pela elevação das compras feitas pela Alemanha, Estado Unidos, Bolívia, Reino Unido e Hong Kong que, somados, proporcionaram receita adicional de US$ 2,7 milhões.

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