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Com altas de até 40% na produção, pãozinho francês deve subir

09 novembro 2012 - 17h18Por Redação Douranews

O setor de panificação não aguenta mais. Essa é a manifestação da maioria dos empresários da área, diante da onda de aumentos que, em menos de 90 dias, já passa de 40% em alguns itens. E além do mais, já começam a faltar produtos, porque a indústria também não consegue repassar pelos valores praticados antes.

“A Sadia mesmo [indústria de embutidos] não atende mais com a regularidade que mantinha até o meio do ano. Estamos sendo obrigados a comprar presunto, mussarela, e outros produtos, nas lojas de atacado, e pagando às vezes mais caro para poder continuar atendendo o cliente”, afirma Emiliano Leite, gerente de uma panificadora em Dourados.

De acordo com cálculos dos empresários do setor, a farinha de trigo, por exemplo, ingrediente básico para a produção do pãozinho francês, custava R$ 45 a saca com 50 quilos em agosto, foi a R$ 62 em outubro e agora está custando em torno de R$ 80. “O resto [dos produtos] vem na esteira”, comenta Emiliano, citando os aumentos da ordem de 40% no preço da margarina, do óleo, açúcar, a variação no custo das embalagens e a mão-de-obra, “cada vez mais escassa e que também encareceu”.

A justifica do fornecedor da matéria-prima é que houve uma elevação de 46% no preço internacional do trigo, que nos últimos sete meses saltou de US$ 240 para US$ 350, a tonelada; e a alta de 10,49% no dólar sobre o real; aliado a problemas de seca no hemisfério norte (Estados Unidos), influenciando para os aumentos no preço da farinha de trigo no mercado brasileiro.

Consumidor vai pagar a conta

O pão francês, companheiro de todas as manhãs na maioria das casas, é vendido por quilo, na faixa de R$ 7,10 a R$ 7,90 para as panificadoras que possuem forno elétrico e pode ser comprado a R$ 4,90 o quilo nos supermercados que trabalham com forno a lenha, concorrência que também incomoda o setor. “Sem contar que a presidente Dilma prometeu reduzir o custo da energia, mas até agora isso não aconteceu”, reclama o empresário.

Como é um produto muito consumido e que atinge todas as classes sociais, o setor tem evitado o aumento nos preços para garantir a venda. Mas, “dessa vez não vai dar, um aumento vai ser quase certo nos próximos 30 dias”, acredita Eduarte Leite Dias, proprietário de padaria, anunciando estudos para o reajuste do produto básico da mesa do brasileiro.

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