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Retração na economia reduz venda de caminhões e ônibus

15 novembro 2012 - 13h43Por Redação Douranews

Enquanto as vendas de veículos leves aumentam em 2012, resultado de medidas de incentivo do governo como a prorrogação da desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) até o final do ano, os números sobre o comércio de caminhões e ônibus são mais pessimistas. O cenário avaliado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) revela que os transportadores de cargas estão mais cautelosos com o nível de investimentos na atividade.

Uma das razões para a redução nas vendas é a menor expectativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2012. Dados do relatório Focus do Banco Central, divulgados no final de outubro, indicam que a estimativa de expansão da economia este ano é de 1,57%. A taxa é menor que o aumento de 2,7% registrado em 2011, segundo o Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os números têm reflexo no mercado. A Anfavea (Associação Nacional de Veículos Automotores) aponta que, no acumulado de janeiro a outubro, 113.937 caminhões novos foram licenciados. Em 2011, no mesmo intervalo, foram 143.781 unidades comercializadas - variação negativa de 20,8%. Apenas em outubro, por exemplo, 12.620 novos veículos de carga foram licenciados. A quantia é 9,1% inferior aos 13.880 modelos vendidos no mesmo mês do ano passado.

No caso dos ônibus, o acumulado de janeiro a outubro registrou queda de 15,3% - 28.138 unidades licenciadas em 2011 contra 23.833 em 2012. A redução é ainda mais acentuada se apenas o mês de outubro for analisado: o licenciamento total de ônibus caiu de 2.934 no ano passado para 1.997 no mesmo período deste ano, retração de 31,9%.

Publicada no segundo semestre deste ano pela CNT, a sondagem ‘Expectativas Econômicas do Transportador Rodoviário’ comprova as estatísticas da Anfavea. Segundo a pesquisa, 65% dos transportadores não adquiriram veículos pesados em 2012. Mais da metade - 55,6% - respondeu que provavelmente iria encerrar o ano sem novas aquisições.

No início de 2012, com um cenário mais otimista de crescimento da economia, o mesmo levantamento da CNT apurou que quase 67% dos empresários pretendiam renovar a frota. Mas, de acordo com a última sondagem, a redução das vendas ocorreu porque os transportadores “esperavam um maior impacto da crise internacional no país, o que representa uma expectativa pessimista em relação ao crescimento do PIB e um impacto negativo na receita bruta esperada”.

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