Menu
Buscarterça, 03 de dezembro de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
22°C
sicredi
Mundo

Com cartazes 'Morte à América', milhares protestam contra Trump no Irã

10 fevereiro 2017 - 13h55Por Por Reuters

Milhares de iranianos se reuniram em todo o país nesta sexta-feira (10) para jurar lealdade ao regime clerical depois do alerta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que colocou a República Islâmica "de sobreaviso", relatou a televisão estatal.

Empunhando cartazes com os dizeres "Morte à América" e representações da figura de Trump, moradores de Teerã marcharam rumo à Praça Azadi (Liberdade) para comemorar o aniversário da Revolução Islâmica de 1979, que derrubou o xá apoiado pelos EUA.

Na terça-feira (7), a maior autoridade do país, o líder supremo e aiatolá Ali Khamenei, conclamou os iranianos a participarem de manifestações para mostrar que o Irã não está assustado com as "ameaças" norte-americanas.

"A América e Trump não podem fazer droga nenhuma. Estamos prontos para sacrificar nossas vidas por nosso líder Khamenei", disse um jovem iraniano à TV estatal.

Na semana passada, Trump colocou o Irã "de sobreaviso" em reação a um teste de míssil de 29 de janeiro e impôs novas sanções a indivíduos e entidades. Teerã disse que não irá interromper seu programa de mísseis.

O presidente pragmático Hassan Rouhani também pediu a seus compatriotas para se unirem à passeata desta sexta-feira (10) para "mostrar seus laços inquebrantáveis com o Líder Supremo e a República Islâmica".

A emissora estatal afirmou que milhões de pessoas de toda a nação compareceram a manifestações pró-revolução em todas as principais cidades, que foram marcadas pelos já tradicionais slogans anti-EUA e anti-Israel e pela queima de bandeiras norte-americanas.

Nas redes sociais, como Twitter e Facebook, muitos iranianos usaram a hashtag #LoveBeyondFlags (AmorAlémDeBandeiras), pedindo o fim da queima de bandeiras durante o aniversário.

Eles também agradeceram os norte-americanos por se oporem ao decreto presidencial de Trump impedindo a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana nos EUA, incluindo o Irã. Uma suspensão à proibição de Trump foi mantida por um tribunal de apelações na quinta-feira.