A Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira (13) que realizou um bem-sucedido teste de um míssil balístico de médio a longo alcance na véspera, reivindicando avanços no seu programa armamentista em uma violação de resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU).
A Coreia do Norte disparou o míssil no mar no domingo, no primeiro teste à promessa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de ser duro com o país, um regime isolado que testou artefatos nucleares e mísseis balístico a uma taxa sem precedentes no ano passado.
A agência de notícias estatal norte-coreana KCNA disse que o líder do país, Kim Jong-un, supervisionou o teste do Pukguksong-2, um novo tipo de arma estratégica capaz de carregar uma ogiva nuclear.
Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul pediram consultas emergenciais do Conselho de Segurança da ONU sobre o teste, com uma reunião esperada para esta segunda, disse uma autoridade da missão dos Estados Unidos nas Nações Unidas.
O Japão disse que a imposição de novas sanções à Coreia do Norte pode ser discutida na ONU e pediu à China que desempenhe um papel "construtivo" na resposta ao teste.
A China é a principal aliada e parceira comercial da Coreia do Norte, mas está irritada com as repetidas ações agressivas do país, embora rejeite as sugestões dos EUA e de outros países que afirmam que Pequim deveria fazer mais para conter o país vizinho.
"Pedimos à China por vários níveis que tome ações construtivas como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e vamos continuar a trabalhar nisso", disse o secretário chefe de gabinete do Japão, Yoshihide Suga.
Repercussão
A China disse que se opõe aos testes com mísseis da Coreia do Norte que violam as resoluções da ONU.
"Todas as parte devem exercitar a contenção e manter conjuntamente a paz e a segurança na região", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Geng Shuang em briefing, acrescentando que a China participará das negociações na ONU sobre o lançamento com uma "atitude responsável e construtiva".
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia expressou preocupação com o lançamento, segundo a agência de notícias RIA.
Uma nota da Chancelaria russa afirma que ação foi “um novo menosprezo às exigências contidas nas resoluções do Conselho de Segurança da ONU. “Isso é lamentável e não pode deixar de causar preocupação", afirma. Ao mesmo tempo, Moscou fez um apelo para que "todas as partes interessadas não deem passos para ações que conduzam a uma escalada da tensão", também de acordo com a Efe.