Uma escola para crianças com deficiência venceu uma batalha judicial que lhe permitirá continuar a usar o tratamento por choque elétrico nos seus alunos.
A Food and Drug Administration (FDA, órgão governamental dos EUA que faz o controle dos alimentos, medicamentos e equipamentos médicos) dos Estados Unidos revogou sua proibição ao tratamento de choques elétricos no Judge Rotenberg Center, situada em Massachusetts. O FDA já havia proibido o uso de choque elétrico em crianças, mas a direção da escola e os próprios pais dos alunos contestaram a proibição.
O tratamento de choque, que foi desenvolvido pelo Judge Rotenberg Center, estava sendo usado para corrigir comportamentos agressivos ou de autoagressão em adultos e crianças. Agora, um tribunal de apelações concluiu que o uso de choques elétricos pode ser considerado tratamento médico, o que significa que o FDA não tem controle sobre esses casos, contou a CBS.
Após a anúncio da decisão, o Judge Rotenberg Center, única escola a usar o método no país, divulgou um comunicado descrevendo sua posição sobre por que o tratamento com choque elétrico é benéfico para seus alunos:
"Com o tratamento, esses residentes podem continuar a participar de experiências enriquecedoras, desfrutar de visitas com suas famílias e, o mais importante, viver em segurança e livre de comportamentos autoagressivos e agressivos."
Em comunicado, os pais das crianças da escola revelaram por que apoiam o método:
"Nós lutamos e continuaremos a lutar para manter nossos entes queridos vivos e em segurança e para manter o acesso a esse tratamento de último recurso que salva vidas."
Em 2002, a escola ganhou grande destaque na imprensa americana após a publicação de um vídeo em que um dos alunos recebe tratamento de choque no colégio. A ONU considera o método uma forma de tortura.