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Mulher diz que vivia rotina de escravidão na Rússia

16 novembro 2012 - 17h56Por Redação Douranews

A história de Leyla Asherova, mantida como escrava em uma loja de Moscou por mais de dez anos e forçada a entregar sua filha, ilustra como imigrantes de países como Uzbequistão e Cazaquistão podem sofrer na Rússia. Ela é uma das 11 imigrantes que trabalhavam em condições de escravidão em um mercado da capital russa e que foram liberadas por ativistas de organizações que combatem o tráfico de pessoas.

Leyla chegou a Moscou há uma década, quando ainda tinha 16 anos, para trabalhar como balconista de uma loja em dos subúrbios do leste da cidade, acreditando tratar-se de uma boa oportunidade. Mas ela jamais foi paga pelos serviços.

"Quando eu cheguei, logo no primeiro dia, eles levaram meu passaporte. Aí percebi que a dona da loja estava espancando uma das meninas. Ela puxava o cabelo e chutava a garota com muita força. Foi quando eu me dei conta de que tinha vindo parar no lugar errado", conta.

Rotina de escravidão
Ela relembra que era forçada a trabalhar durante muitas horas seguidas, com pouca alimentação, e sempre temendo ser alvo de violência. "A dona da loja me batia muito. Uma vez ela me espancou por mais de duas horas sem parar. Eu ainda tenho marcas nas pernas, no corpo e no rosto. Ela me bateu até mesmo quando eu estava grávida", diz.

Leyla está grávida novamente, após dar à luz duas crianças no cativeiro. Uma delas, o menino Bakhyr, 6 anos, está com ela no abrigo em que os imigrantes resgatados estão morando provisoriamente.

A segunda, Diana, que teria cinco anos, foi tirada da mãe à força. Mais tarde Leyla ficou sabendo que a menina teria morrido ao cair de uma varanda, mas ela não tem certeza sobre a veracidade da história. Com informações do Terra

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