Argentinos saíram ontem (8) à noite às ruas de Buenos Aires, a capital, para protestar contra o governo da presidente Cristina Kirchner. A manifestação reuniu pessoas com panelas e tampas, promovendo um ruído contínuo. Houve panelaço também em várias cidades do país.
Em Buenos Aires, o protesto ocorreu em frente à residência presidencial de Olivos, onde mora Cristina Kirchner. Também houve protestos de argentinos no exterior - em Sydney, na Austrália, Londres, no Reino Unido, Roma, na Itália, Madri, na Espanha, e Nova York, nos Estados Unidos.
O protesto foi batizado de 8N (8 de novembro) e reuniu manifestantes vestidos com camiseta branca, erguendo bandeiras e globos azuis e brancos, cores da bandeira argentina, além de batidas em panelas, tampas, garrafas e pratos.
Os manifestantes gritavam palavras de ordem como "Liberdade", "Imprensa Livre", "Chega de Inflação", "Basta de Corrupção" e "Não à Reforma da Constituição para Terceiro Mandato da Presidenta". "Não Tenham Medo, Isso, Sim, É Democracia", dizia um cartaz em Córdoba. "Chega de Mentiras", dizia outro. Muitos manifestantes também cantavam o Hino Nacional.
O protesto foi convocado inicialmente por meio das redes sociais até ser notícia nos principais jornais do país. Na última semana, foram espalhados cartazes pela cidade, com campanhas de sim e não ao 8N, confirmando a divisão dos argentinos em relação ao governo.
Na véspera da manifestação, quarta-feira (7), um apagão em dia de calor recorde aumentou o mau humor de muitos argentinos. A falta de energia deixou mais de 1 milhão de usuários sem luz, semáforos desativados e afetou até a Casa Rosada, a sede da presidência.