Política

Temer diz que antecessores tentaram 'disfarçar a verdade' sobre crise

21 NOV 2016 • POR • 16h51
Presidente Temer discursa na abertura da reunião do 'Conselhão' - Assessoria

O presidente da República, Michel Temer, reuniu nesta segunda-feira (21) no Palácio do Planalto – pela primeira vez em sua gestão – o CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), o chamado "Conselhão". Ao discursar aos 96 integrantes do grupo – entre os quais o ator Milton Gonçalves, o ex-jogador Raí e o técnico da seleção de vôlei Bernardinho –, o peemedebista afirmou que a crise pela qual o país passa teve origem em uma tentativa "gigantesca" de "disfarçar a verdade”.

Ele falou ainda aos conselheiros que, ao assumir a Presidência, encontrou o país em uma situação na qual, além do déficit fiscal, havia "um certo déficit de verdade", referindo-se a supostas tentativas de "ludibriar" a realidade. Ao longo dos 42 minutos de discurso de abertura no encontro do "Conselhão", Temer disse que só será possível vencer a crise se “trocarmos o ilusionismo pela lucidez”.

“No Brasil que nós encontramos, não havia apenas um déficit fiscal. Havia também, lamento dizer, um certo déficit de verdade, e não é possível continuar assim. A gigantesca crise que enfrentamos é, em parte, produto de tentativas de disfarçar a verdade”, declarou o peemedebista, conforme reproduz o G1.

“Encarar a verdade muitas vezes é difícil. Mas, se você não encará-la, você irá ludibriar aqueles a quem nós servimos”, completou.

O presidente destacou aos conselheiros que, na opinião dele, é importante o governo contar com o apoio do Congresso Nacional para fazer as reformas necessárias para fazer o país voltar a crescer, entretanto, ele disse que isso não basta. Na avaliação do presidente, também é importante o apoio da sociedade. “Precisa ter governo, precisa ter apoio político e precisa ter apoio da sociedade”, discursou.