Longen alerta que recorde na arrecadação descarta criação de mais imposto
Os dados divulgados pela Receita Federal do Brasil, que atestam recorde de arrecadação de tributos federais no mês de janeiro que somaram R$ 91,07 bilhões, é um forte indicativo que o país não precisa de mais impostos e sim de um novo modelo de gestão pública. A avaliação é do presidente da Fiems, Sérgio Longen, e demonstra a preocupação do setor produtivo com os rumores de que a recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) deve voltar a ser debatida ainda este semestre no Congresso Nacional.
O resultado foi o melhor para meses de janeiro e o segundo melhor da história. Se comparado a janeiro do ano passado, este desempenho representa um crescimento real de 15,34%. “Não é aceitável que o Governo tente penalizar ainda mais o empresário e o cidadão. Chega de tanto imposto. Necessitamos, sim, de investimentos urgentes em áreas estratégicas, como logística e infra-estrutura, além da saúde”, argumentou Sérgio Longen.
A situação não é diferente no Mato Grosso do Sul. Em janeiro a arrecadação dos tributos federais atingiu R$ 232 milhões, aumento de 154% em relação a dezembro do ano passado e de 70,7% quando comparado com janeiro de 2010. Isso sem contabilizar os impostos estaduais. “Os recursos existem. Não há argumento, nem justificativa e tampouco projetos estruturais em discussão que sustentem a criação de mais impostos”, contestou o presidente da Fiems.
Nesse sentido, Sérgio Longen reforça a tese de que a gestão empresarial precisa ser aplicada na administração pública. “O equilíbrio entre receita e despesa não pode ser apenas figura de retórica, mas efetivamente o compromisso com a aplicação criteriosa dos recursos arrecadados com os impostos que todos pagamos. E pagamos muito”, desabafou o líder empresarial.