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Selo pró-ética lançado pela CGU tem apoio de empresários em MS

29 MAR 2017 • POR • 18h23

Os empresários de Mato Grosso do Sul que acompanharam, nesta quarta-feira (29), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande, o lançamento do programa Empresa Pró-Ética, pelo ministro da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, Torquato Jardim, consideraram o momento oportuno para uma iniciativa como essa, que vai ajudar a conferir credibilidade às empresas.

Para Hermas Renan Rodrigues, proprietário da loja GRR do segmento da construção, o programa complementa uma série de ações que vêm sendo feitas para mudar a realidade empresarial do Brasil. “Conquistar o selo de empresa Pró-Ética garante que o negócio seja visto com bons olhos e a primeira impressão é extremamente importante. A partir daí, basta oferecer produtos e serviços de qualidade para se garantir no mercado”, declarou.

O empresário Marcos José Brito, da Costa e Brito Ltda., concorda com o lojista e complementa que, hoje, o principal entrave do setor é a falta de confiança. “A instabilidade política que assola o País reflete em instabilidade econômica. Iniciativas como o programa Empresa Pró-Ética, que visam conferir transparência, somam credibilidade e devolvem parte da dignidade surrupiada pelos recentes escândalos nacionais”, afirmou.

Representante do segmento gráfico, o empresário Julião Gaúna, proprietário da gráfica Pontual, relatou que o País vive tempos de mudança de comportamento. “O tempo de ‘levar vantagem’ já acabou. Hoje, o que prevalece é a competência, os bons serviços prestados, a integridade dos envolvidos na cadeia produtiva. Ainda existem barreiras a ser superadas, os que insistem numa prática imoral e defasada de fazer negócio. Mas cabe a nós, empresários, com o apoio de entidades como a Fiems e a Controladoria-Geral, fazer com que a transparência e o respeito à coisa pública seja uma constante no setor empresarial”, falou.

O empresário corumbaense Lourival Vieira Costa, proprietário da Sulocanas Retífica de Motores e da Sierra Costa Logística Internacional, empresas com 26 e 12 anos de mercado, respectivamente, conta que já deixou de prestar serviços para não ter de pagar propina. “São ofertas atraentes do ponto de vista financeiro, mas não do ponto de vista moral. Sempre tive em mente que a corrupção prejudica todo mundo que paga impostos, inclusive os empresários. Então não faz sentido aceitar esse tipo de proposta que, infelizmente, ainda é comum no nosso País”, analisou.