Brasil

Eldorado Celulose ganhou musculatura nos alicerces da corrupção

24 MAI 2017 • POR CE • 14h00

Fabricante de celulose de eucalipto do grupo JBS, a Eldorado Brasil Celulose ganhou musculatura no início desta década sob o esquema de corrupção revelado pelos irmãos Joesley e Wesley Batista e viabilizou-se na esteira das relações heterodoxas da controladora J&F com representantes do governo e de fundos de pensão.

Em delação premiada, Joesley admitiu que houve propina para facilitar os financiamentos à companhia, pagamento de mesada a um procurador da República para receber informações sigilosas de uma das três operações do Ministério Público Federal (MPF) que a envolveram e intervenção de autoridades em favor de interesses da empresa.

Segundo o ex-diretor de relações institucionais da J&F Ricardo Saud só o então senador Delcídio do Amaral (PT), hoje cassado e sem partido, teria mensalinho de R$ 500 mil por dez meses para defender os interesses da Eldorado.

Com investimentos de R$ 6,2 bilhões, a Eldorado deu início à produção na fábrica de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul no fim de 2012. À época, era a maior linha única de celulose do mundo. Hoje, ainda é uma das mais modernas.