Brasil

Destino 'misterioso' de helicóptero prejudica combate a incêndios em MS

20 OUT 2017 • POR Rafael Ribeiro/CE • 11h35
Incêndio Parque Estadual das Margens do Rio Ivinhema - Divulgação/Bombeiros

Alardeado em 2009, o programa de prevenção de incêndios do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), para Mato Grosso do Sul previa investimentos de R$ 500 milhões em equipamentos e até a disponibilização de um helicóptero lança água.

Mas em meio ao incêndio que durou sete dias no Parque Estadual das Margens do Rio Ivinhema, o destino da aeronave que poderia ter auxiliado os serviços é um mistério.

Segundo a reportagem apurou, diferente do que dissera na época o então diretor do Ibama, Roberto Messias Franco, o helicóptero adaptado com capacidade para carregar até 500 litros de água e cuja finalidade é extinguir focos diretos de incêndio não ficou sob a responsabilidade da Superintendência estadual do órgão federal.

A mudança de planos aconteceu logo após o início da segunda gestão de Dilma Rousseff (PT) na Presidência.

Com o escândalo da venda de licenças ambientais à usina de Belo Monte, no Pará, investimentos no órgão foram cortados e o helicóptero, anunciado como exclusivo do Pantanal, ficou sendo de uso compartilhado.

O helicóptero adaptado, após ações contra incêndios ocorridos em Corumbá entre 2011 e 2012, na Serra do Amolar, estaria sendo usado atualmente na região amazônica, mas sob responsabilidade da diretoria-geral do Ibama, em Brasília (DF).