Após relatório do TCE, prefeita deve aprofundar ajustes na Educação
Com as recomendações do TCE (Tribunal de Contas do Estado) por meio do relatório da auditoria realizada na Semed (Secretaria municipal de Educação) em Dourados, a prefeita Délia Razuk iniciou ainda na manhã de sexta-feira (20), a análise do documento, junto com a secretária da pasta Denize Portolann.
Délia já adiantou que a partir desse trabalho de análise do relatório, a administração municipal vai tomar uma série de decisões, principalmente a intensificação da contenção de despesas, o que já vem acontecendo na Prefeitura como um todo; a manutenção de unidades escolares que apresentam problemas estruturais e na qualidade da educação.
Já são vários anos em que o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) apresenta queda em Dourados, segundo o levantamento mostrado para a prefeita e a administração que completa dez meses disse que tem o compromisso de reverter esse quadro. “São diversas falhas e vícios de gestão, também de anos, que devem ser superados para a moralização da máquina pública”, informa a assessoria de comunicação do Município.
Outros itens na área da educação, inclusive alguns deles que já vinham sendo debatidos pela administração municipal e preparados para encaminhar à Câmara de vereadores, também fazem parte desse processo de mudança na educação. Entre eles, critérios para a contratação de professores e a formalização do cargo de diretor de escola, conforme divulgou a assessoria.
O que o TCE mostrou
O relatório do TCE apontou, entre outros itens, que Dourados registra o menor índice na avaliação do Ideb entre os municípios da região, com nota abaixo de 5,0 e que a melhoria nos salários dos servidores da Educação nos últimos anos (um ganho real de 80% de reajuste) não contribuiu para melhorar a qualidade do ensino.
Conforme ainda o Tribunal de Contas, falhas e vícios de gestão que se arrastam por muitos anos ajudam a formar o quadro de falência da educação pública. “A superação de tudo isso e a moralização da máquina pública cabe a atual gestão em seus 4 anos de mandato”, diagnosticou o documento apresentado sesta-feira na Câmara de Vereadores pela conselheira do TCE, professora Marisa Serrano.
“Ausência de transparência na gestão da Secretaria de Educação nos últimos anos, com a inexistência de processo seletivo para contratação de professores temporários” e o indicativo, revelado por 63,64% dos diretores ouvidos (alguns deles há quase 20 anos no cargo) de que seus alunos não estão preparados para a prova do Ideb, preocupam a prefeita.