Depois de restringir acesso do povo, Câmara aprova mudança em lei salarial
Formada por uma plateia composta pelos 50 primeiros manifestantes que chegaram no horário da sessão matinal convocada pela Câmara de Dourados como a terceira sessão extraordinária destinada a analisar alterações propostas pela prefeita Délia Razuk no plano de reajustes do piso do magistério, a sessão teve forte presença policial e muito barulho.
Só depois do meio-dia, e depois de a presidente da casa, vereadora Daniela Hall, bater boca pelo microfone com alguns colegas, entre eles Marçal Filho e Madson Valente, a votação marcou 13 votos a favor do projeto de alteração proposta pela prefeita e seis votos contrários. O vereador Elias Ishy também se viu acuado, dos dois lados, como integrante da base da prefeita e representante dos servidores.
A justificativa dada pela presidente para restringir o acesso de público às reuniões dos vereadores é de que manifestantes impediram, segunda (23) e nesta terça-feira (24) que fosse realizada a sessão. Desse episódio, a Câmara saiu menor do que entrou, porque restringiu a participação popular, tolheu o debate entre as partes e ainda descumpriu Recomendação do MPE (Ministério Público do Estado) que a orientou de abster em qualquer tipo de votação que implicasse em mudanças na estrutura salarial do funcionalismo público.