Polícia

Testemunhas e professor que matou Kauan durante violência sexual serão ouvidos hoje pela Justiça

30 JAN 2018 • POR Renan Nucci/CE • 12h53
Professor durante reconstituição do caso - Arquivo/Correio do Estado

Acontece nesta terça-feira, a partir das 13h25, a segunda audiência sobre o caso do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, de nove anos, morto por asfixia enquanto era estuprado pelo professor Deivid Almeida Lopes, 38, em Campo Grande.

Kauan desapareceu no dia 25 de junho do ano passado, e a investigação policial apontou que ele foi violentado pelo homem e outros quatro adolescentes. O corpo teria sido esquartejado e jogado no Córrego Anhanduí, mas nunca foi encontrado. No veículo do professor haviam fios de cabelo e marcas de sangue que seriam do garoto.

A audiência começará com o depoimento especial de um adolescente que reside atualmente em Naviraí. Ele será ouvido por videoconferência. Além dele, outras duas testemunhas de acusação serão ouvidas por depoimento especial.

Na sequência, o juiz Marcelo Ivo de Oliveira deve ouvir as cinco testemunhas arroladas pela defesa e, por fim, o réu será interrogado, encerrando a fase de instrução do processo.

Na primeira audiência, realizada no dia 13 de dezembro do ano passado, foram ouvidas nove testemunhas e/ou vítimas. Todos os depoimentos de crianças e adolescentes utilizam a técnica da escuta especial, método que evita danos e a revitimização, em um ambiente reservado e um linguajar mais adequado ao universo infantil.

Crimes

O professor é acusado de um estupro de vulnerável com resultado morte, destruição ou ocultação de cadáver e vilipendiar cadáver. Também é acusado de outros dois estupros de vulnerável, quatro estupros, seis induzimentos à prostituição, além de uma contravenção penal de molestar adolescente. Esses crimes somados, caso comprovados, podem gerar uma pena de pelo menos 86 anos de reclusão.