Economia

Em Mato Grosso do Sul, FCO já tem R$ 300 milhões em pedidos de empréstimo

5 MAR 2018 • POR G1 • 15h50

Após um atraso de dois meses para o início do recebimento de propostas, o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) tem cerca de R$ 300 milhões em cartas-consulta de empréstimo, como demanda reprimida para a modalidade empresarial em Mato Grosso do Sul. A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (5), pelo secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção de Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, em entrevista ao Bom Dia MS, da TV Morena.

Verruck explicou que o atraso ocorreu porque as três instituições financeiras que operam com recursos do fundo no estado, o Banco do Brasil, o Sicredi e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), tiveram que adequar seus sistemas a nova taxa de juros definida pelo governo federal para os empréstimos do FCO, a Taxa dos Fundos Constitucionais (TFC).

“Os juros, assim como no rural [modalidade rural de empréstimos do FCO] era fixo, mas o Ministério da Fazenda optou por criar uma nova taxa, que tem um componente de longo prazo mais um componente da inflação. Então existia o recurso. A regra estava disponibilizada, mas não tínhamos condições de fazer no sistema bancário essa operação”, explicou Verruck.

O secretário revelou que a nova taxa para a modalidade empresarial foi estabelecida em 5,32% ao ano, está baixo da fixa utilizada até o ano passado e extremamente atrativa para que os empresários de atividades como a indústria, o comércio, do setor de serviços e do turismo, possam retomar os investimentos com o reaquecimento da economia. “Temos já R$ 300 milhões em cartas-consulta que podem entrar hoje para serem analisados nas instituições financeiras que operam com o FCO, e que representam a nossa demanda reprimida”.

Verruck lembrou que o encaminhamento pelo empreendedor, seja urbano ou rural, da carta-consulta a instituição financeira é o primeiro passo para se obter o financiamento pelo FCO. Ele explica que esse pedido de empréstimo terá sua viabilidade analisada inicialmente pelo banco, que poderá liberar operações até o limite de R$ 1 milhão. Acima desse valor, após passar pelo crivo da instituição será submetido ao parecer do conselho do fundo no estado.

Em 2018, o FCO tem disponíveis inicialmente para a aplicação no estado, R$ 2,1 bilhões, sendo 50% para a modalidade empresarial e a outra metade para a rural.