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Em áreas de preservação, 120 mil hectares estão degradados em Mato Grosso do Sul

12 MAR 2018 • POR Eduardo Fregatto/CE • 13h37
No Cerrado, produtor rural precisa manter preservado 35% do seu território, para formar sua Reserva Legal, além das APPs - Valdenir Rezende / Correio do Estado

Mato Grosso do Sul tem 120 mil hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs) degradados. O prazo máximo para o agricultor recuperar uma APP é de 20 anos, mas esse período depende também de cada bioma e do nível da degradação.

As informações são da secretária de Estado de Meio Ambiente, que aponta para a necessidade de recuperar essas regiões, consideradas essenciais para a proteção de recursos hídricos e para a manutenção da biodiversidade. “Os produtores devem apresentar o Programa de Regularização Ambiental (PRA), indicando como e em quanto tempo irão realizar a recuperação desses perímetros”, explica o titular da Semagro, Jaime Verruck.

Ele destaca que para realizar a fiscalização das áreas degradadas e desmatadas, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) investiu 4,5 milhões na aquisição de imagens via satélite de todo o Estado, que chegam a 50 centímetros de definição. A entrega do acervo visual foi finalizada em janeiro. A secretaria trabalha agora para capacitar profissionais para lidar e interpretar o dispositivo, além de uma parceria firmada com a Universidade Federal de Viçosa (MG) para desenvolvimento de software de análise das imagens, a fim de agilizar ainda mais o processo.

“Fizemos esse investimento porque, sem tecnologia, iríamos levar 10 anos para analisar todos os Cadastros Ambientais Rurais”, comenta Verruck.