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Procuradora da República é contra progressão da pena de Marcos Valério

8 JAN 2019 • POR • 12h28
Marcos Valério tem penas acumuladas em 39 anos de prisão, como operador do 'caso mensalão' - Arquivo

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou nesta segunda-feira (7) parecer ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra o pedido feito pela defesa do publicitário Marcos Valério de progressão para o regime semiaberto. Valério cumpre prisão em regime fechado diante da condenação a 37 anos na Ação Penal 470, o processo do mensalão, de 2013.

De acordo com a procuradora, Valério já sofreu outras condenações, como a proferida pelo TRF1 (o Tribunal Regional Federal da 1ª Região), na qual foi apenado com mais dois anos de prisão. No entendimento da procuradora, Valério tem somados 39 anos e precisa cumprir um sexto da pena para ter direito à progressão.

"Nesse cenário, em que já há condenação superveniente confirmada em segunda instância, estando pendente a unificação das penas, não há direito à progressão de regime: não está suficientemente comprovado o atendimento do requisito objetivo para o benefício legal", opinou Raquel Dodge, conforme repercute a Agência Brasil de notícias.

Atualmente, Marcos Valério está preso em Minas Gerais pelos crimes julgados no processo do mensalão. Conforme decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), ele teria atuado como operador do esquema de pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio ao governo e foi condenado pelos crimes de corrupção ativa, peculato, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.