A cidade de São Paulo foi a que mais teve criação de vagas em 2018, com saldo positivo de 58,3 mil postos – ou cerca de 11% do total nacional. No ano, foram criadas no Brasil 529 mil vagas de trabalho formal, após 3 anos seguidos com mais demissões que contratações.

Na ponta negativa, Dourados (em Mato Groso do Sul) teve o maior saldo negativo, com as demissões superando as contratações em 8,4 mil postos, conforme demonstram os números do Caged (o Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho, divulgados quarta-feira (23) passada pelo Ministério da Economia.

A segunda cidade que mais criou vagas formais em 2018 foi Belo Horizonte, com 29,3 mil postos – o equivalente a cerca de 5% do total nacional. O segundo pior resultado foi registrado em Duque de Caxias (RJ), que perdeu 4,4 mil vagas.

Explicação

De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico do município, Rose Ane Vieira, o número de vagas formais fechadas em 2018 deve-se às demissões de uma empresa que parou de prestar serviços para a Sesai (Secretaria de Saúde Indígena) na reserva indígena de Dourados.

"Essa empresa prestava serviços em Dourados e também em cidades de Mato Grosso e do Acre, mas os 5 mil trabalhadores eram registrados em Dourados. A empresa perdeu a licitação, então houveram essas demissões no ano passado, por isso o baixo desempenho em 2018. Esses trabalhadores foram recontratados por uma nova empresa em janeiro deste ano", afirma.

Conforme os dados do Caged, foram feitas na cidade 23.299 contratações com carteira de trabalho assinada, mas ocorreram 31.761 demissões, o que resultou na perda de 8.462 vagas, uma variação de -14,84% no ano passado. O Caged aponta que a maior parte das demissões ocorreu no setor de serviços do município, que acumulou um saldo negativo de 9.144 vagas.