Educação

Militar é escolhido como 'número 2' no Ministério da Educação

29 MAR 2019 • POR • 13h05
Ricardo Machado Vieira, da Força Aérea Brasileira para a Secretaria Executiva do MEC - Divulgação/FAB

O cargo de ‘número dois’ da pasta do Ministério da Educação, enfim, foi preenchida. O escolhido para ocupar o posto é Ricardo Machado Vieira. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (29), informa o Correio Braziliense. Desde fevereiro, o militar trabalhava como assessor especial da presidência do FNDE (o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) e é a quarta escolha para o cargo de secretário-executivo no MEC.

Uma das cogitadas, Iolene Lima foi anunciada no dia 14 pelo ministro Ricardo Vélez como secretária-executiva, mas não foi chancelada pela Casa Civil. Antes, ela ocupava o cargo de secretária substituta da Secretaria de Educação Básica da pasta. A exoneração oficial saiu nesta quinta-feira (28), no Diário Oficial da União).

Iolene postou um texto nas redes sociais sobre o assunto. “Aos meus amigos e colegas: Depois de cinco anos à frente da direção do colégio que ajudei a fundar, deixei meu emprego a fim de aceitar um convite para, junto com outros profissionais, servir ao meu país, colaborando para um ideal em que acredito: um Brasil melhor por meio da educação. Todavia, diante de um quadro bastante confuso na pasta, mesmo sem convite prévio, aceitei a nova função dentro do ministério. Novamente me coloquei à disposição para trabalhar em prol de melhorias para o setor. No entanto, após uma semana de espera, recebi a informação que não faço mais parte do grupo do MEC”, disse em dos trechos.

O MEC se vê envolto em uma briga ideológica e disputa de poder entre militares, técnicos e ‘olavistas’. Em meio a frequentes reuniões com o presidente Bolsonaro, Vélez foi obrigado a demitir vários de seus auxiliares, após um embate inflamado com o filósofo Olavo de Carvalho, considerado o guru de Bolsonaro e responsável pela indicação do próprio ministro, como repercute o Correio.

No último dia 12, o “número dois” da pasta, o secretário-executivo Luiz Antonio Tozi foi exonerado. Inicialmente, havia previsto a transferência do cargo para Rubens Barreto da Silva, também nomeado recentemente para o cargo de Secretário Executivo Adjunto. No entanto, pressões internas não o deixaram sequer assumir o cargo, continua a publicação.