Economia

“A gente não quer ficar apenas nas reuniõezinhas”, diz novo presidente da Aced

30 MAI 2019 • POR • 03h15
Nilson vota nas eleições da Aced, e volta a comandar entidade após 21 anos - Reprodução

A frase em destaque, proferida pelo presidente eleito da Aced (Associação Comercial e Empresarial de Dourados), Nilson Santos, sócio-proprietário da gráfica Stilus, é de 1998, mais de vinte anos passados, porém, reflete o compromisso – certamente presente na mente dos associados – que ele assumiu junto com o primeiro mandato à frente da entidade, cumprido entre 1996/98.

“A gestão dele era voltada para o futuro”, destacou o jornalista Luís Carlos Luciano, membro da Academia Douradense de Letras ao escrever o livro ACED 70 Anos, lançado no aniversário da entidade, em 2015, referindo-se a todos os presidentes até essa época. “(...) A gente não queria ficar apenas nas reuniãozinhas de chá das 15h, a gente queria um negócio mais de seriedade e trabalho”, contou Nilson ao escritor do livro.

Nesta quarta-feira (29), justamente no dia em que a Aced completava 74 anos, o empresário era eleito para um novo mandato, e com a missão de resgatar a entidade. 33º. presidente da história do associativismo empresarial em Dourados, Nilson chegou ao final do dia com 193 votos dos 355 associados que responderam ao desejo de mudar, enfrentando a resistência da diretoria que ainda forçou uma chapa oficial, e contabilizou 161 votos. Há três anos, a atual presidente Elizabeth Rocha Salomão somava 208 votos de 213 associados que foram às urnas na eleição com chapa única..

Fragmento do livro ACED 70 Anos sobre como iniciou a gestão de Nilson, em 1996

Perfil

O estilo de gestão que deu certo há mais de vinte anos, e que agora é resgatado como sinal da esperança do associado que deseja ver a Aced à frente das grandes causas, pode ser ilustrado no exemplo dado pelo próprio presidente eleito, quando, durante encontro de prefeitos com o então senador Ramez Tebet, de passagem pela região no final da década de 80, afirmou que Dourados era uma cidade com tendência natural para a prestação de serviços e crescia mais graças a essa vocação e por isso ‘não precisava de indústrias para sufocar os douradenses de fumaça’.

Pacientemente, e elegantemente, o presidente da Aced esperou concluir o encontro e, no corredor da saída, frente a frente com o senador, foi certeiro: “O senhor não quer ver o douradense morrendo com o pulmão preto de fumaça de indústria, mas o senhor está levando a indústria de papel de celulose para Três Lagoas...”, terra onde Tebet construiu a história política e que forjou também a atual senadora, Simone. Foi na gestão do então presidente Nilson Santos que Dourados começou a luta para fortalecer esse setor, encampando a posse do Distrito Industrial criado pelo Governo do Estado.